Ex-morador de Amaporã confessa que pilotava avião encontrado em canavial

A prisão do ex-morador de Amaporã com 422 quilos de cocaína, no Paraguai, colocou fim no mistério da aeronave encontrada abandonada em uma plantação de cana no mês de março na região de Paranavaí.
De acordo com o delegado Carlos Henrique Rossato Gomes, o preso confessou que pilotava o avião encontrado em uma pista clandestina. Ele não teria explicado o motivo da aeronave estar sem a asa direita.
Na época da apreensão, Rossato Gomes e sua equipe procuravam veículos roubados que poderiam estar abandonados em canaviais, mas encontraram o avião próximo de uma pista clandestina coberto por lona.
Dentro da aeronave havia apenas o banco do piloto, o que gerou suspeita de que era usado para algo ilícito. A asa do avião foi encontrada no mesmo dia em um hangar de manutenção de aviões no aeroporto de Paranavaí.
A PRISÃO – O homem preso no Paraguai tem 30 anos e estava em uma propriedade onde foram apreendidos 422 quilos de cocaína e cinco aeronaves. Ele disputou o cargo de prefeito em Amaporã no ano de 2008 e perdeu o pleito.
A prisão aconteceu na noite do último domingo e foi realizada por agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e por integrantes do Ministério Público do Paraguai.
Os policiais invadiram um aeroporto privado de uma empresa do ramo de fumigação (tipo de controle de pragas através do tratamento químico ou formulações pesticidas).
O setor de inteligência da polícia paraguaia teria informações de que a droga foi comprada na Bolívia e o destino final seria o Brasil. Estima-se que a cocaína apreendida renderia aos traficantes cerca de cinco milhões de dólares. No varejo seria possível fazer cerca de R$ 30 milhões.