Diabetes atinge 9% da população de Paranavaí

Para o Ministério da Saúde, o ideal seria que pouco mais de 5% da população brasileira tivesse diabetes. Em Paranavaí, no entanto, o índice é maior do que o recomendado: 9% dos moradores têm a doença.
É o que mostra um levantamento feito pela coordenadora municipal do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia), Edna Arroteia da Silva. “Estamos acima da média e aumentando”, disse, ressaltando que o crescimento tem sido maior entre pessoas com menos de 60 anos.
Ao mesmo tempo, afirmou Edna, houve redução na quantidade de pessoas internadas por complicações provocadas pelo diabetes.
Segundo a coordenadora municipal do Hiperdia, apesar de o percentual estar acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, o número revela que os pacientes com a doença estão sendo encontrados. “Estamos detectando os casos e tratando essas pessoas”, enfatizou.
Um dos principais problemas é a falta de cuidados com a saúde. “Hoje em dia, as pessoas não se preocupam muito”, avaliou Edna. O argumento foi reforçado pelo coordenador da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro, Nelson Pereira de Azevedo. “Existe muita negligência com a própria saúde e falta tempo para as pessoas”.
Pensando em todos esses problemas, a equipe da UBS Central organizou, ontem, uma feira de serviços gratuitos, no pátio da Prefeitura de Paranavaí. Quem foi até o local pôde colocar a vacinação em dia, passar por avaliação de índice prostático, aferir o índice de glicemia capilar e a pressão arterial, fazer teste de acuidade visual e receber orientações sobre saúde.
Azevedo explicou que a atividade foi realizada para marcar o Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro). Apontou, também, outra motivação: “Perto do final do ano, as pessoas vão a mais festas e acabam abusando na alimentação”. Por isso, orientar sobre os cuidados com a saúde é fundamental.
Segundo ele, 90% das doenças crônicas degenerativas estão ligadas ao diabetes e à hipertensão. Nesses casos, a expectativa de vida do paciente é reduzida de 10 a 15 anos. Quando se cuidam da maneira correta, no entanto, vivem normalmente.
Além de manter a alimentação balanceada, explicou o coordenador da UBS Central de Paranavaí, é preciso praticar atividades físicas regularmente, garantir que o nível de colesterol fique dentro do recomendado e fazer consultas médicas periodicamente. “Quem se cuida tem qualidade de vida muito melhor”, assegurou Azevedo.