Traficante que atendia alta sociedade fazia mais de 100 entregas nos finais de semana

Uma vida de luxo, ostentação e repleta de viagens (dentro e fora do país). Assim era o dia a dia do traficante preso na tarde de anteontem em Paranavaí. Ele é acusado de ser o fornecedor de cocaína para integrantes da classe média, da alta sociedade e também para caminhoneiros. Durante os finais de semana chegava a fazer mais de 100 entregas.
Com regras próprias, dificilmente o detido permitia que os clientes fossem até ele, detalha a Polícia Civil. Normalmente o suspeito recebia as ligações telefônicas e levava o produto até os usuários. Inflexível, não “trabalhava” antes do meio-dia e nem após as 23h. Por semana o suspeito comercializava cerca de meio quilo de cocaína, revelam as investigações.
De acordo com o trabalho policial, no dia da prisão o traficante tinha voltado de um Hotel Fazenda onde descansou durante "uns dias". Ele levou seu veículo em uma concessionária, onde foi realizada a revisão. Por telefone o suspeito fechou vários negócios e alguns clientes foram até o local para buscar a cocaína.
Assim que saiu da oficina foi até uma escola particular e buscou o filho. Acompanhado da mulher e do menino ele seguiu até a estação rodoviária onde fez a entrega para um caminhoneiro. Esse foi o último pedido antes de ser preso em flagrante.
FACHADA – O delegado Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ), acredita que o acusado mantinha uma lan house de fachada. O objetivo era lavar o dinheiro obtido da venda de drogas. As investigações indicam que semanalmente ele revendia aproximadamente 500 porções de cocaína.
No dia de sua prisão os policiais encontraram meio quilo da droga. A cocaína estava espalhada na residência, na empresa do acusado e em sua carteira. Também foi apreendido um revólver calibre 38 com cinco munições.
Rossato Gomes informou que o acusado admitiu que comercializada cocaína havia 11 meses. No momento da prisão ele tinha R$ 891,00 em dinheiro. O montante foi “conquistado” em quatro horas de trabalho.