Minipresídio completa três anos sem fugas

Há exatos três anos, 12 presos conseguiram furar a laje da cela, serrar uma chapa de aço e ter acesso ao pátio do minipresídio. Três deles conseguiram pular o muro, um deles foi recapturado logo em seguida. Os outros dois acabaram presos posteriormente. Assim foi a história da última fuga de detentos no minipresídio de Paranavaí que hoje completa três anos. Depois desse fato não houve mais registros de fugas.
De acordo com os dados do Departamento de Execução Penal (Depen) do Paraná, depois desse fato os presos de Paranavaí já tentaram fugir no mínimo mais outras 15 vezes. Porém, em nenhuma dessas tentativas houve sucesso.
Na opinião do agente Jean Carlo Machado Magalhães, o segredo para tanto tempo sem fugas está na união entre a Polícia Militar (que faz a guarda externa), na Polícia Civil (que ajuda na vistoria interna), no Poder Judiciário (que implantou medidas socioeducativas) e nas rotinas implantadas pelos agentes do Depen.
Os números indicam que atualmente a população do Setor de Carceragem Temporária (Secat) de Paranavaí é de 220 pessoas (31 mulheres). Esse total divide um espaço projetado para receber 96 detentos.
Analisando os números, estatisticamente, 60% do total de presos já estão condenados. Por isso, deveriam estar cumprindo suas penas no sistema prisional.
LADO HUMANO – O agente João Carlos Lange explica que gradativamente foram implantadas ações que melhoraram as condições internas. Atualmente um médico vai semanalmente até o minipresídio e faz consultas. Todos os remédios prescritos são distribuídos gratuitamente.
Lange lembra que os familiares dos presos têm direito de fazer visitas semanalmente. “Entre as melhorias está a alimentação. Além disso, temos terapia ocupacional que proporciona remissão nas penas. Para cada três dias trabalhado o preso ganha um”.