12 cidades ainda buscam cumprir a meta de vacinação contra a pólio

Termina nesta segunda-feira, em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite. Depois desta data não haverá mais doses disponíveis.
Levantamento da 14ª Regional de Saúde, concluído ao final do expediente de sexta-feira, mostrava que 12 das 28 cidades da Amunpar – Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense – ainda não tinham atingido a meta de imunizar pelo menos 95% do total estimado de crianças de 06 meses a 05 anos incompletos.
A coordenadora regional de imunização, Samira Silva, alerta que depois da data estipulada não haverá mais doses de vacina contra a pólio disponíveis nos postos. Por isso, a necessidade de levar as crianças o quanto antes. A vacina é a única proteção contra a chamada paralisia infantil, doença que deixa sequelas graves para o resto da vida.
Dentre as cidades que não atingiram a meta está Paranavaí. A previsão do Ministério da Saúde é imunizar 4.927 crianças. Até o fechamento parcial tinha vacinado 3.993, ou seja, 81,02 do total estimado. O Ministério considera aceitável chegar a 95% do total previsto.
Por outro lado,13 cidades ultrapassaram os 100%. Isto ocorre porque o número é estimado, podendo ser superior ou inferior. No caso de pequenos municípios, qualquer diferença entre o real e o estimado pode significar muitos pontos percentuais. O mesmo raciocínio pode valer para as cidades abaixo da meta.
Jardim Olinda, por exemplo, tinha como parâmetro imunizar 82 crianças na faixa etária. Acabou vacinando 126, o que representa 158,02% do total estimado. Amaporã tinha até anteontem o menor percentual de imunização. Havia atingido 72,754% – 267 das 367 crianças estimadas.
Levando em conta os 28 municípios da região, foram vacinadas 91,53% das crianças previstas. Conforme os dados da Regional, a campanha alcançou 14.343 crianças, sendo que a meta é 15.671.
No Paraná, o objetivo é vacinar 95% das 659,9 mil crianças que fazem parte do público-alvo. A meta nacional é imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos, também 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões de crianças.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.
MULTIVACINAÇÃO – Além da vacina contra a pólio, o período de 15 a 31 de agosto está servindo para o desenvolvimento da Campanha de Multivacinação para Atualização do Esquema Vacinal. Este trabalho não será interrompido. Samira Silva diz que mesmo após a data estipulada será possível regularizar o esquema vacinal das crianças. É preciso ir a um posto de saúde, levando o cartão de vacina da criança.
Com a multivacinação o Ministério da Saúde busca aumentar a cobertura vacinal, diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas, além de reduzir as taxas de abandono. As vacinas oferecidas protegem contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.