População de Alto Paraná faz passeata pedindo mais segurança

A população de Alto Paraná participou de uma passeata na manhã de ontem. No mesmo momento em que a população estava na rua, as portas dos comércios permaneceram fechadas.
O protesto, que durou cerca de uma hora, foi para pedir mais segurança na cidade. Os números de 2015 mostram um aumento de aproximadamente 25% nos furtos e roubos, comparado com o mesmo período do ano passado.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Alto Paraná, Alexandre Molin, disse que os comerciantes fecharam suas empresas às 9h. Eles colocaram cartazes de luto nas portas e junto com os comerciários e estudantes foram para as ruas com o restante da população.
Molin afirmou que aproximadamente 1.500 pessoas participaram da passeata. A concentração aconteceu nas imediações do Crap (Clube Recreativo de Alto Paraná) e em seguida forma até a praça central. A maioria dos manifestantes usava roupas pretas e carregavam cartazes.
“Estamos na rua porque nos tornamos reféns do medo. A situação está ficando insustentável. Não é admissível que os crimes continuem aumentando. Precisamos de medidas efetivas para reduzir a onda de violência que vivemos”, falou o presidente.
POLÍCIA – O comando do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) informou que tem intensificado as ações ostensivas no município. Equipes da Rotam (Ronda Tático Motorizada), Rocam (Ronda Ostensivas Tático de Apoio com Motocicletas) e do GTO (Grupo Tático de Operações) reforçam o efetivo em horários estratégicos.
De acordo com o responsável pelo setor de Comunicação social do 8º BPM, tenente Claudes Araújo, desde o início deste mês, nove pessoas foram presas (três por homicídio), oito quilos de maconha foram apreendidos, um revólver recuperado, 12 veículos apreendidos e 31 pessoas flagradas com irregularidades somente em Alto Paraná.
“Estamos trabalhando com as informações do setor de inteligência e intensificando as ações no município e recobrindo o efetivo com o policiamento de Paranavaí. Acreditamos que com essas ações daremos a resposta que a sociedade precisa. Porém, não há previsão para aumentar o efetivo local”, informou Araújo.