Paraná vai fornecer 10 mil frascos de soro para picada de aranha-marrom

CURITIBA (ANPr) – O Governo do Paraná vai fornecer 10 mil frascos de soro antiloxoscélico (contra o veneno de aranha-marrom) ao Ministério da Saúde. No início de junho, já foram enviados 4,6 mil frascos e até o final de 2015 serão entregues os restantes.
O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos produz um soro trivalente para picadas de aranha marrom, ou seja, combate o veneno de três espécies diferentes do gênero loxosceles. No entanto, há considerável dificuldade para se obter o veneno usado na produção. O processo todo, entre a coleta do veneno e a produção do plasma, leva em média oito meses para ser finalizado.
Os antivenenos, utilizados de forma adequada, são a forma mais eficaz de neutralização da picada da aranha. Para tanto, é de fundamental importância a disponibilização desses soros em quantidade suficiente e em locais estratégicos para reduzir o tempo entre o acidente e o atendimento médico adequado.
No Paraná, somente em 2014, foram registrados 4.220 casos de acidentes com a aranha-marrom. A região com maior número de picadas foi a Metropolitana de Curitiba, com 2.020 notificações.
AÇÃO DA ARANHA – O gênero Loxosceles possui hábitos noturnos, quando saem à caça de seus alimentos, e é nesse momento que podem se esconder em roupas, toalhas, roupas de cama e calçados. Por esse motivo, é preciso sempre prestar muita atenção antes de calçar os sapatos e vestir roupas.
No ato da picada, na maioria das vezes não há dor. Mas depois de cerca de 12 horas ocorre um inchaço na região afetada e febre. Com o avanço, e sem tratamento, o veneno pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e até mesmo a morte.
As alterações locais mais comuns são dor e ardência, vermelhidão, mancha roxa, inchaço, bolhas, coceira e endurecimento da pele. Outras alterações podem ocorrer dias após o acidente, como necrose, dor de cabeça, mal-estar geral, náusea r dores pelo corpo.
Caso ocorra algum acidente com o aracnídeo, a vítima deve procurar o quanto antes a Unidade de Saúde mais próxima. Se possível, levar a aranha causadora do acidente para tornar o diagnóstico mais rápido.