Grupo de Pesquisa apresenta posição favorável à Educação de Gêneros proposta no PME
O Grupo de Pesquisa Gênero, Trabalho e Políticas Públicas da Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fafipa) entregou, ontem, uma Carta Aberta ao prefeito Rogério Lorenzetti, apresentando sua posição favorável à inclusão da Educação de Gêneros no Plano Municipal de Educação, que está na Câmara de Vereadores.
Os participantes do Grupo falaram sobre sua preocupação com a possível retirada da questão de Gêneros e Sexualidade do PME.
“Acreditamos que inserir tais temáticas nas escolas é possibilitar que os educadores sejam capazes de lidar com todos os tipos de situação no âmbito escolar, desde que eles (os educadores) possam receber cursos e formação continuada que os habilitem a estarem preparados para identificar abusos sexuais, por exemplo. Os professores precisam estar preparados para manter as pessoas na escola em condições de igualdade. Ao mesmo tempo, a educação sexual pode proteger as crianças, pois possibilita que elas aprendam mecanismos que evitem abusos sexuais e violência doméstica. O PME assume, em linhas gerais, que o tema é relevante. A Educação de Gêneros, estando no Plano, garante que a Secretaria de Educação poderá oferecer aos docentes formação adequada para trabalhar esses conteúdos. Isso não significa que vai ter banheiros coletivos ou que os professores vão incentivar o toque dentro da escola, ou transformar um hetero em homossexual”, defendeu a professora Isabela Candeloro Campoi, em nome do Grupo de Pesquisa.
A diretora de Educação da Secretaria de Educação, Fátima Ferreira Louro, esclareceu que foram realizadas várias reuniões para organizar a discussão dos 20 eixos temáticos do PME.
“Os grupos temáticos foram criados para discutir os temas com base no Plano Nacional de Educação (PNE). Embora estas estratégias sobre gêneros não constem no PNE, o grupo de discussão optou por incluí-lo no município, levando em consideração que os membros participaram também das discussões do Plano Estadual, que contempla essas questões. O texto foi estruturado e levado para Audiência Pública, quando começaram então as manifestações contrárias à inclusão das questões no PME. Mesmo assim o grupo de discussão optou por mantê-lo no texto-final do projeto, que foi encaminhado à Câmara Municipal para apreciação e votação dos vereadores”, destacou.
O prefeito Rogério recebeu a Carta Aberta do Grupo de Pesquisa e manteve sua posição: “Eu recebi aqui o grupo de lideranças religiosas, que é contrário à inclusão dos gêneros no PME, e vou reafirmar o que disse a eles. Continuo defendendo que o Plano é muito maior do que dois artigos que constam a questão dos Gêneros. Assinei o Projeto assim como o recebi e encaminhei à Câmara, por entender que seria uma desconsideração de minha parte com a comunidade escolar que participou da discussão e elaborou o documento final, fazer qualquer alteração ao que foi discutido. Mas agora a responsabilidade de votar, acatar ou não estes artigos, é dos vereadores. Meu compromisso continua sendo o mesmo: vou sancionar o Plano Municipal de Educação, conforme a decisão dos vereadores da Câmara. De maneira nenhuma vou ingerir contra a proposta das lideranças religiosas, se for aprovada, porém também vou respeitar a decisão se ela for por manter a redação do documento como ele está”, arrematou o prefeito.
Correção: Erramos ao informar, na matéria com o título “Líderes evangélicos e católicos apresentam proposta de Emenda ao Plano Municipal de Educação”, publicada no último sábado, que os artigos sobre a Ideologia de Gêneros seriam colocados em discussão na Câmara de Vereadores durante uma Audiência Pública (prevista para ontem à noite). O termo correto é Educação de Gêneros, conforme apontado pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Trabalho e Políticas Públicas.
Os participantes do Grupo falaram sobre sua preocupação com a possível retirada da questão de Gêneros e Sexualidade do PME.
“Acreditamos que inserir tais temáticas nas escolas é possibilitar que os educadores sejam capazes de lidar com todos os tipos de situação no âmbito escolar, desde que eles (os educadores) possam receber cursos e formação continuada que os habilitem a estarem preparados para identificar abusos sexuais, por exemplo. Os professores precisam estar preparados para manter as pessoas na escola em condições de igualdade. Ao mesmo tempo, a educação sexual pode proteger as crianças, pois possibilita que elas aprendam mecanismos que evitem abusos sexuais e violência doméstica. O PME assume, em linhas gerais, que o tema é relevante. A Educação de Gêneros, estando no Plano, garante que a Secretaria de Educação poderá oferecer aos docentes formação adequada para trabalhar esses conteúdos. Isso não significa que vai ter banheiros coletivos ou que os professores vão incentivar o toque dentro da escola, ou transformar um hetero em homossexual”, defendeu a professora Isabela Candeloro Campoi, em nome do Grupo de Pesquisa.
A diretora de Educação da Secretaria de Educação, Fátima Ferreira Louro, esclareceu que foram realizadas várias reuniões para organizar a discussão dos 20 eixos temáticos do PME.
“Os grupos temáticos foram criados para discutir os temas com base no Plano Nacional de Educação (PNE). Embora estas estratégias sobre gêneros não constem no PNE, o grupo de discussão optou por incluí-lo no município, levando em consideração que os membros participaram também das discussões do Plano Estadual, que contempla essas questões. O texto foi estruturado e levado para Audiência Pública, quando começaram então as manifestações contrárias à inclusão das questões no PME. Mesmo assim o grupo de discussão optou por mantê-lo no texto-final do projeto, que foi encaminhado à Câmara Municipal para apreciação e votação dos vereadores”, destacou.
O prefeito Rogério recebeu a Carta Aberta do Grupo de Pesquisa e manteve sua posição: “Eu recebi aqui o grupo de lideranças religiosas, que é contrário à inclusão dos gêneros no PME, e vou reafirmar o que disse a eles. Continuo defendendo que o Plano é muito maior do que dois artigos que constam a questão dos Gêneros. Assinei o Projeto assim como o recebi e encaminhei à Câmara, por entender que seria uma desconsideração de minha parte com a comunidade escolar que participou da discussão e elaborou o documento final, fazer qualquer alteração ao que foi discutido. Mas agora a responsabilidade de votar, acatar ou não estes artigos, é dos vereadores. Meu compromisso continua sendo o mesmo: vou sancionar o Plano Municipal de Educação, conforme a decisão dos vereadores da Câmara. De maneira nenhuma vou ingerir contra a proposta das lideranças religiosas, se for aprovada, porém também vou respeitar a decisão se ela for por manter a redação do documento como ele está”, arrematou o prefeito.
Correção: Erramos ao informar, na matéria com o título “Líderes evangélicos e católicos apresentam proposta de Emenda ao Plano Municipal de Educação”, publicada no último sábado, que os artigos sobre a Ideologia de Gêneros seriam colocados em discussão na Câmara de Vereadores durante uma Audiência Pública (prevista para ontem à noite). O termo correto é Educação de Gêneros, conforme apontado pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Trabalho e Políticas Públicas.