Grupo de professores e estudantes debate Plano Municipal de Educação
Quando um professor é questionado sobre sexo ou sexualidade em sala de aula, o que deve fazer? Alternativa a: reprimir o aluno de forma autoritária dizendo que aquele assunto não lhe diz respeito. Alternativa b: explicar com argumentos compatíveis à idade do estudante. Alternativa c: sair correndo desesperadamente.
Para que aja de forma adequada, o professor precisa estar devidamente preparado, por isso o Plano Municipal de Educação (PME), que será votado na Câmara de Vereadores de Paranavaí, prevê capacitações sobre o assunto. Mas não apenas isso, o texto é amplo e inclui uma série de temáticas, e foi tema de debate na última terça-feira.
Em Paranavaí, o PME tem gerado debates. De um lado os que defendem a retirada de termos como gênero, orientação sexual e sexualidade. De outro, os que argumentam em favor da manutenção. O Projeto de Lei que institui o PME foi encaminhado para os vereadores e lido na sessão de segunda-feira.
Agora, será avaliado pela Procuradoria Jurídica, que emitirá parecer sobre a legalidade do texto. Depois, a apreciação será feita pelas comissões de Constituição e Justiça e de Educação. Não havendo impedimento, será votado pelos vereadores.
De acordo com a assessora jurídica da Presidência, Bruna Caroline da Silva dos Santos, expectativa é que a votação aconteça na próxima segunda-feira, mas as análises poderão se estender. É que o texto foi encaminhado pela equipe da Prefeitura de Paranavaí à Câmara de Vereadores na semana passada, portanto, o processo todo pode levar mais tempo.
Cabe explicar que o texto foi elaborado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Educação, com base em diretrizes nacionais e estaduais. A partir desses parâmetros, os profissionais construíram o PME adaptando as propostas à realidade de Paranavaí.
EM DEBATE – O assunto norteou a “Reunião aberta sobre as questões de gênero e o Plano Municipal de Educação”, realizada na noite de terça-feira, no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Professores, estudantes e pessoas interessadas na discussão participaram do evento.
O professor Marcos da Cruz, integrante do Núcleo de Pesquisas em Diversidade Sexual de Paranavaí (Nudes), afirmou que o diálogo é a melhor ferramenta para explicar de que forma o PME será aplicado na rede de ensino. Na opinião dele, é assim que se constroem as políticas públicas.
O vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unespar, Israel Moraes, reiterou o argumento sobre o diálogo. “Só assim podemos transformar nosso país”. Disse, ainda, que a escola é o melhor lugar para construir relações de igualdade e respeito às diferenças, sejam étnicas, sociais, religiosas, de gênero ou orientação sexual.
Representante do Coletivo Frente Emancipada de Mulheres Empoderadas (Feme), Larissa Klosowski de Paula defendeu a chamada educação de gênero. “Não se trata e nunca se tratou de um ataque às determinações biológicas de cada ser e muito menos de um ataque à família brasileira”.
Larissa também explicou que o Plano Municipal de Educação não pretende interferir na sexualidade dos alunos. “Não há e nem nunca houve intenção alguma de implementar ‘ditadura gayzista’ ou de fazer com que as crianças proporcionem prazer ao amiguinho ou amiguinha, como vimos ser amplamente divulgado nas redes sociais”.
Depois das manifestações dos organizadores, os participantes favoráveis e contrários ao texto original do PME puderam fazer perguntas, expor opiniões e debater pontos polêmicos da proposta.
Entre as intervenções, fizeram questão de esclarecer que tratar sobre sexualidade não significa ensinar a fazer sexo. Conversar sobre gênero não significa induzir a criança a ser homem ou mulher, heterossexual ou homossexual. “Enquanto educadores, não podemos interferir na autonomia de ninguém”, disse Paulino Peres.
De acordo com os participantes do debate, o objetivo principal é garantir que educadores e alunos estejam prontos para lidar com diferentes situações que podem comprometer o bom funcionamento da escola, por exemplo, quando um estudante faz questionamentos sobre sexo ou sexualidade, quando uma menina é agredida por um colega ou quando uma pessoa negra sofre discriminação.
Os organizadores lamentaram a ausência dos vereadores e dos grupos religiosos contrários à proposta do PME, por considerarem que o debate e a troca de ideias seriam fundamentais nesse processo de defesas sobre o texto.
Para que aja de forma adequada, o professor precisa estar devidamente preparado, por isso o Plano Municipal de Educação (PME), que será votado na Câmara de Vereadores de Paranavaí, prevê capacitações sobre o assunto. Mas não apenas isso, o texto é amplo e inclui uma série de temáticas, e foi tema de debate na última terça-feira.
Em Paranavaí, o PME tem gerado debates. De um lado os que defendem a retirada de termos como gênero, orientação sexual e sexualidade. De outro, os que argumentam em favor da manutenção. O Projeto de Lei que institui o PME foi encaminhado para os vereadores e lido na sessão de segunda-feira.
Agora, será avaliado pela Procuradoria Jurídica, que emitirá parecer sobre a legalidade do texto. Depois, a apreciação será feita pelas comissões de Constituição e Justiça e de Educação. Não havendo impedimento, será votado pelos vereadores.
De acordo com a assessora jurídica da Presidência, Bruna Caroline da Silva dos Santos, expectativa é que a votação aconteça na próxima segunda-feira, mas as análises poderão se estender. É que o texto foi encaminhado pela equipe da Prefeitura de Paranavaí à Câmara de Vereadores na semana passada, portanto, o processo todo pode levar mais tempo.
Cabe explicar que o texto foi elaborado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Educação, com base em diretrizes nacionais e estaduais. A partir desses parâmetros, os profissionais construíram o PME adaptando as propostas à realidade de Paranavaí.
EM DEBATE – O assunto norteou a “Reunião aberta sobre as questões de gênero e o Plano Municipal de Educação”, realizada na noite de terça-feira, no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Professores, estudantes e pessoas interessadas na discussão participaram do evento.
O professor Marcos da Cruz, integrante do Núcleo de Pesquisas em Diversidade Sexual de Paranavaí (Nudes), afirmou que o diálogo é a melhor ferramenta para explicar de que forma o PME será aplicado na rede de ensino. Na opinião dele, é assim que se constroem as políticas públicas.
O vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unespar, Israel Moraes, reiterou o argumento sobre o diálogo. “Só assim podemos transformar nosso país”. Disse, ainda, que a escola é o melhor lugar para construir relações de igualdade e respeito às diferenças, sejam étnicas, sociais, religiosas, de gênero ou orientação sexual.
Representante do Coletivo Frente Emancipada de Mulheres Empoderadas (Feme), Larissa Klosowski de Paula defendeu a chamada educação de gênero. “Não se trata e nunca se tratou de um ataque às determinações biológicas de cada ser e muito menos de um ataque à família brasileira”.
Larissa também explicou que o Plano Municipal de Educação não pretende interferir na sexualidade dos alunos. “Não há e nem nunca houve intenção alguma de implementar ‘ditadura gayzista’ ou de fazer com que as crianças proporcionem prazer ao amiguinho ou amiguinha, como vimos ser amplamente divulgado nas redes sociais”.
Depois das manifestações dos organizadores, os participantes favoráveis e contrários ao texto original do PME puderam fazer perguntas, expor opiniões e debater pontos polêmicos da proposta.
Entre as intervenções, fizeram questão de esclarecer que tratar sobre sexualidade não significa ensinar a fazer sexo. Conversar sobre gênero não significa induzir a criança a ser homem ou mulher, heterossexual ou homossexual. “Enquanto educadores, não podemos interferir na autonomia de ninguém”, disse Paulino Peres.
De acordo com os participantes do debate, o objetivo principal é garantir que educadores e alunos estejam prontos para lidar com diferentes situações que podem comprometer o bom funcionamento da escola, por exemplo, quando um estudante faz questionamentos sobre sexo ou sexualidade, quando uma menina é agredida por um colega ou quando uma pessoa negra sofre discriminação.
Os organizadores lamentaram a ausência dos vereadores e dos grupos religiosos contrários à proposta do PME, por considerarem que o debate e a troca de ideias seriam fundamentais nesse processo de defesas sobre o texto.