Associativismo é tema de palestra do Sebrae/PR

Lideranças de todo o Brasil ligadas às micro e pequenas empresas reuniram-se anteontem, em Curitiba, para a XII Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, uma realização da Confederação das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (Conampe) e Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais do Estado do Paraná (Fampepar).
Com o tema “Micro e pequena empresa: a hora é agora!”, o evento teve como objetivo posicionar o segmento em relação às conquistas das três últimas décadas e debater a aplicação de políticas públicas de apoio aos empreendedores, em tempos de recuperação da economia brasileira. O Sebrae/PR foi um dos apoiadores da iniciativa.
“É uma oportunidade das micro e pequenas empresas conversarem nesse momento de dificuldades econômicas pelas quais o País passa sobre ações e propostas que levem a alcançar melhores resultados”, destacou o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta, que falou, no evento, sobre o tema “O associativismo no desenvolvimento regional”.
Tioqueta abriu o que chamou de “reflexões sobre desenvolvimento e sobre o território onde atuamos”, exibindo a animação Egghunt, de Paul Yan. O vídeo mostra a luta sem sucesso de um homem das cavernas faminto que tenta, sozinho, retirar ovos de um ninho próximo a ele. Depois de derrubar três ovos no abismo, ele percebe que a tarefa só é possível com a ajuda de outro “caçador”, do lado oposto do precipício. “Esse vídeo resume bem a ideia de compartilhamento, de deixarmos de ser espectadores apenas. Temos que nos unir, trabalhar em conjunto. Se cada um ficar sozinho, brigando, concorrendo, não vamos conseguir nada”.
O diretor-superintendente do Sebrae/PR reforçou que não há desenvolvimento territorial sem associativismo. Só com o “ceder para ganhar”, com ajuda mútua e confiança, é possível haver um círculo virtuoso de competitividade. “E de que desenvolvimento estamos falando? Do econômico, que gera renda e emprego; do sustentável, que se traduz em melhoria ambiental; do social, com pessoas preparadas; e do institucional, político e cultural. Temos sempre que pensar que as pessoas que estão lá, nos representando, foram colocadas por nós. Não dá para dizer ‘mas eu não votei nelas’”, ressaltou, recordando a importância das políticas públicas no desenvolvimento das micro e pequenas empresas.
Assumir, portanto, o protagonismo de maneira conjunta é fundamental para desenvolver as atividades produtivas não só em um território, mas, também, no entorno, para estimular a competitividade nos mercados. “O Sebrae/PR tem atuado fortemente com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios nos territórios”, declarou Tioqueta, destacando que a estratégia da entidade trabalha com seis linhas de ação (ambiente de negócios, educação empreendedora, empreendedorismo e gestão, empresas de alto potencial e potencialização, liderança e startups) em 14 diferentes territórios, cobrindo todo o Estado, de acordo com características próprias de cada um.
“O objetivo é alcançar o melhor resultado para as empresas, com a soma das entidades representativas e foco no tripé do desenvolvimento sustentável, formado pela equidade social, conservação ambiental e eficiência econômica”. Segundo Tioqueta, a maior dificuldade de uma pequena empresa não é ser pequena, mas atuar sozinha. “Quanto mais trabalharem em conjunto, melhor”, reforçou o dirigente.