Começam os trabalhos de adequação no Pronto Atendimento de Paranavaí

Troca de telhas quebradas, limpeza de calhas e marquises, reparos onde há rachaduras. Esses foram alguns dos serviços realizados ontem no Pronto Atendimento (PA) de Paranavaí, pela equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura. O trabalho terá continuidade até que todas as adequações sejam concluídas.
O diretor do PA, Jair Alves de Queiroz, informou que não haverá reforma, mas melhorias que não requeiram a abertura de processo licitatório. A explicação está no fato de que em alguns meses a estrutura será transferida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cujas obras deverão ser concluídas até o final deste ano.
Queiroz afirmou que o objetivo da Administração Municipal é garantir melhores condições de atendimento à população. “O PA está respondendo à demanda. Temos aproximadamente 15 hospitais em municípios da região, mas não têm tanta resolutividade quanto o PA”.
Ele salientou o esforço diário dos funcionários para atender os pacientes da melhor forma possível, ainda que as condições não sejam as mais adequadas. “Trabalham com amor pensando sempre nos munícipes”, disse Queiroz.
DOCUMENTAÇÃO – O Conselho Municipal de Saúde (CMS) informou que o PA de Paranavaí não tem Licença Sanitária, o que impede que o alvará de funcionamento seja expedido. O documento é obrigatório para estabelecimentos de saúde e só pode ser liberado se não houver irregularidades em relação à legislação sobre saúde pública.
A Licença Sanitária é de responsabilidade da Vigilância em Saúde, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, que também inclui o PA. Não significa, no entanto, que existiram tentativas de esconder a falta do documento. Foi o que explicou o diretor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
Segundo ele, a Licença Sanitária é renovada anualmente. Uma equipe da Vigilância em Saúde vai até o local, faz a vistoria e aponta eventuais irregularidades. A partir daí, uma lista de recomendações é elaborada e estipula-se um prazo para que os problemas sejam corrigidos.
É o caso do PA, garantiu Fadel Filho. A Vigilância em Saúde recomendou adequações no prédio e concedeu um prazo para que as medidas necessárias fossem tomadas. Com o anúncio de que o prédio receberia melhorias, houve prorrogação. Caso os apontamentos não sejam cumpridos, um processo administrativo pode ser aberto, podendo resultar, inclusive, no fechamento do PA.
Segundo Fadel Filho, a Vigilância em Saúde usou critérios técnicos e o bom senso para ampliar o prazo para que as adequações fossem feitas. “O PA não pode fechar. Onde as pessoas serão atendidas?”, questionou.
MELHORIAS – A realização das melhorias no Pronto Atendimento de Paranavaí só começou depois que conselheiros de saúde estiveram no local para fazer uma vistoria. Constataram problemas estruturais, no quadro de profissionais e no atendimento à população. Alguns itens apontados por eles já tinham sido listados em um relatório elaborado pela 14ª Regional de Saúde.