Paraná se prepara para a última vacinação contra a febre aftosa

O Governo do Paraná se prepara para a última campanha de vacinação contra a febre aftosa, que se inicia no dia 30 de abril. O Estado iniciou o processo para, em 2016, ser reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre da doença, sem a vacina.
Nesta última etapa, a previsão é de vacinar cerca de 4 milhões de cabeças de gado e búfalos com até 24 meses de idade.
Livre da doença há dez anos, o Paraná será o segundo estado brasileiro – atrás apenas de Santa Catarina – a manter a febre aftosa erradicada nos rebanhos de bovinos e bubalinos, o que permite a abertura de mercados mais atraentes para a exportação de carnes bovina e suína, como os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul.
“O enfrentamento à febre aftosa serve de parâmetro para a qualidade do serviço de defesa sanitária de um estado”, destaca o diretor de Defesa Agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Adriano Viesemberg.
“Ao buscar o reconhecimento internacional, nós afastamos as restrições dos mercados que pagam melhor, beneficiando toda a cadeia produtiva da pecuária paranaense”, diz.
O Paraná é, hoje, o principal produtor de aves, o terceiro de suínos e nono produtor de bovinos no País. Estes rebanhos geraram, ano passado, receitas de US$ 2,36 bilhões, US$ 132 milhões e US$ 110 milhões, respectivamente.

CRONOGRAMA

O processo seguirá conforme o calendário dos órgãos internacionais. De acordo com as normas da OIE, o pleito para que uma determinada área seja decretada livre de uma doença, sem vacinação, é feito 12 meses após a retirada do processo de imunização.
“Nosso compromisso é cumprir um cronograma, que inclui a adequação da estrutura dos postos de trânsito agropecuário e a reposição do quadro de servidores, para então apresentar o pleito à OIE”, explica Viesemberg.
O Paraná já cumpriu quase todos os requisitos necessários aos processos para o reconhecimento, faltando apenas a reestruturação física de postos de fiscalização nos limites com São Paulo e Mato Grosso do Sul e a nomeação de servidores concursados para reforçar a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), executora do processo.