Em negociação reajuste salarial para os servidores públicos de Paranavaí

Representantes do Poder Executivo Municipal e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí (Sinserpar) tiveram ontem a primeira reunião do ano para tratar sobre o reajuste e um possível aumento salarial da classe.
O dissídio coletivo, como é chamada a negociação entre administração e sindicato, acontece em abril.
Acompanhada de servidores da Secretaria Municipal de Educação, a presidente do Sinserpar, Eliane Tavares, solicitou esclarecimentos quanto aos projetos de reajuste a aumento que dizem respeito à classe do magistério.
No início deste mês, Lorenzetti assinou um decreto que concedeu aumento salarial de 13% para os professores Classe A. O decreto cumpre a Lei do Piso Salarial Nacional, que prevê vencimentos de R$ 1.917,78 para os docentes de escolas públicas com 40 horas semanais, na categoria de ingresso na carreira de Educação.
Muito embora o prefeito tenha deixado clara a sua intenção de estender o benefício do aumento para os demais professores, também fez questão de enfatizar a necessidade de uma boa saúde financeira da Prefeitura para que tal medida seja adotada.
“Nossa intenção, e estamos fazendo estudos para isso, é aplicar o mesmo percentual de aumento também para as demais categorias de professores. Como este será um aumento real depende das possibilidades legais e também orçamentárias. Muito do que será tratado em abril dependerá do sucesso, ou não, dos projetos de lei que estão em tramitação na Câmara e que tem como objetivo manter o equilíbrio financeiro do município”, afirmou Lorenzetti.
O prefeito pediu aos servidores que continuem demonstrando confiança na sua administração, que não tem medido esforços para conceder todos os benefícios possíveis.
“Meu histórico como administrador e tudo que conquistamos até aqui credencia que eu tenha a confiança por parte dos servidores. Estamos fazendo tudo que é possível para continuar valorizando essa classe, mas precisamos ser prudentes e ficar atentos às adversidades que o país está vivendo. Nesse sentido, temos que torcer para que a ordem se estabeleça e que o país não entre em convulsão”, salientou.
A reunião também foi acompanhada pelas secretárias Selma Weber (Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito) e Cida Gonçalves (Educação), que reconheceu a necessidade de continuar com a valorização salarial da classe, mas reforçou também a necessidade de cautela por parte da administração municipal.
“O país e o nosso estado estão passando por um momento turbulento e por isso precisamos ter muita cautela. Podem ter certeza que estou cuidando e zelando para que tudo seja feito da melhor forma, porque também sou professora municipal e vou me aposentar como tal”, declarou a secretária, que desmentiu os boatos sobre a extinção do anuênio e da licença prêmio.
AVANÇOS – Durante a reunião, o prefeito Rogério Lorenzetti apresentou um comparativo dos salários do magistério no início da sua primeira administração, em 2009, e atualmente.
Segundo o levantamento, entre abril de 2009 e janeiro de 2014, a Prefeitura concedeu 72,99% de aumento salarial aos professores municipais. Se descontado o INPC do período, que foi de 38,9%, a classe recebeu um aumento real de 34%.
O piso salarial da classe A, que em 2009 era de R$ 490,58 (para 20 horas), hoje chega a R$ 959,89. Na classe B, passou de R$ 637,75 para R$ 1.103,26, e na classe C, de R$ 797,19 para R$ 1.379,09. Já a classe D, que recebia R$ 876,90, hoje recebe R$ 1.516,99.
Também foi na administração do prefeito Lorenzetti que os servidores municipais, incluindo o magistério, conquistaram de volta o pagamento do anuênio e da licença prêmio.