Estudantes fazem manifestação em defesa da universidade
Um grupo de estudantes da Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí (Unespar/Fafipa) – protestou anteontem à noite contra a situação da instituição de ensino superior. Eles pedem a retomada do investimento e valorização dos professores e funcionários para, finalmente, iniciarem o ano letivo 2015.
O protesto aconteceu no mesmo dia em que circulou a informação de que os campi da Unespar podem fechar as portas por falta de recursos, conforme decisão do Conselho de Administração e Finanças.
Falta dinheiro para tudo, incluindo ações de manutenção e de funcionamento básico tais como pagar o corte da grama, a limpeza dos banheiros e contas de água e de energia. Nas palavras do diretor Elias de Souza Júnior, uma situação delicada. “Sem o repasse do custeio, não temos como funcionar”, disse ele em entrevista ao DN, publicada ontem.
Para reivindicar o direito dos estudantes, o grupo de cerca de 200 alunos fez passeata e concentração no campus. De camiseta preta e com velas acesas, gritavam palavras de ordem e levavam cartazes em defesa da educação e de críticas ao Governo do Paraná. Dentre as frases, uma óbvia, mas que ainda precisa ser objeto de reivindicação: “Educação não é despesa. É investimento”.
Acadêmico do 3º ano de Ciências Contábeis, Cleber dos Santos Carvalho é um dos cerca de 2.200 estudantes que vivem de incertezas. Entraram na terceira semana fora das salas de aulas, uma paralisação sem data para terminar. “O campus não tem coisas básicas – sabonete líquido, papel toalha e outros itens de higiene”, reclama.
Ele fala ainda que funcionários se esforçam para economizar energia, inclusive, reduzindo o número de lâmpadas acesas durante o dia ou mesmo desligando o equipamento de ar-condicionado. Carvalho defende a manutenção das verbas de custeio nos mesmos patamares de 2013, cerca de R$ 1 milhão.
A APP-Sindicato participou da manifestação estudantil, expondo as razões para a manifestação dos profissionais de educação do Estado, também em greve há semanas.
COBRIR DESPESAS – O valor destinado a cobrir os gastos da Unespar é definido anualmente. Em 2013, por exemplo, foram repassados R$ 12 milhões. No ano anterior, a previsão de gastos era de R$ 15 milhões, mas só foram liberados R$ 9,2 milhões, sendo repassados apenas R$ 7,2 milhões.
Anteontem o diretor do campus, Elias de Souza Junior, informou que a previsão para 2015 era que sozinha a Unespar recebesse mais de R$ 18,7 milhões, mas, até a tarde de segunda-feira, não havia sinais de que o repasse seria feito.
Considerando as dívidas dos sete campi contraídas no ano passado e as pendências de janeiro para cá, são mais de R$ 2,5 milhões nos sete campi, dos quais R$ 161 mil só em Paranavaí. O campus de Paranavaí tem 133 professores efetivos, 29 professores colaboradores, 26 agentes universitários, 27 estagiários e nove profissionais de empresas terceirizadas.
O protesto aconteceu no mesmo dia em que circulou a informação de que os campi da Unespar podem fechar as portas por falta de recursos, conforme decisão do Conselho de Administração e Finanças.
Falta dinheiro para tudo, incluindo ações de manutenção e de funcionamento básico tais como pagar o corte da grama, a limpeza dos banheiros e contas de água e de energia. Nas palavras do diretor Elias de Souza Júnior, uma situação delicada. “Sem o repasse do custeio, não temos como funcionar”, disse ele em entrevista ao DN, publicada ontem.
Para reivindicar o direito dos estudantes, o grupo de cerca de 200 alunos fez passeata e concentração no campus. De camiseta preta e com velas acesas, gritavam palavras de ordem e levavam cartazes em defesa da educação e de críticas ao Governo do Paraná. Dentre as frases, uma óbvia, mas que ainda precisa ser objeto de reivindicação: “Educação não é despesa. É investimento”.
Acadêmico do 3º ano de Ciências Contábeis, Cleber dos Santos Carvalho é um dos cerca de 2.200 estudantes que vivem de incertezas. Entraram na terceira semana fora das salas de aulas, uma paralisação sem data para terminar. “O campus não tem coisas básicas – sabonete líquido, papel toalha e outros itens de higiene”, reclama.
Ele fala ainda que funcionários se esforçam para economizar energia, inclusive, reduzindo o número de lâmpadas acesas durante o dia ou mesmo desligando o equipamento de ar-condicionado. Carvalho defende a manutenção das verbas de custeio nos mesmos patamares de 2013, cerca de R$ 1 milhão.
A APP-Sindicato participou da manifestação estudantil, expondo as razões para a manifestação dos profissionais de educação do Estado, também em greve há semanas.
COBRIR DESPESAS – O valor destinado a cobrir os gastos da Unespar é definido anualmente. Em 2013, por exemplo, foram repassados R$ 12 milhões. No ano anterior, a previsão de gastos era de R$ 15 milhões, mas só foram liberados R$ 9,2 milhões, sendo repassados apenas R$ 7,2 milhões.
Anteontem o diretor do campus, Elias de Souza Junior, informou que a previsão para 2015 era que sozinha a Unespar recebesse mais de R$ 18,7 milhões, mas, até a tarde de segunda-feira, não havia sinais de que o repasse seria feito.
Considerando as dívidas dos sete campi contraídas no ano passado e as pendências de janeiro para cá, são mais de R$ 2,5 milhões nos sete campi, dos quais R$ 161 mil só em Paranavaí. O campus de Paranavaí tem 133 professores efetivos, 29 professores colaboradores, 26 agentes universitários, 27 estagiários e nove profissionais de empresas terceirizadas.