Diretor da APP-Sindicato diz que movimento grevista “está mais forte”

Os educadores continuam em greve por tempo indeterminado, conforme informou Nivaldo Rocha, da direção da APP-Sindicato de Paranavaí. “O movimento está mais forte do que nunca. A dívida com a educação é grande”.
A afirmação foi feita depois que dois projetos apresentados pelo governador Beto Richa à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) – aos quais professores e funcionários das escolas estaduais – foram retirados de pauta.
Os projetos reduziam o anuênio, acabavam com o quinquênio, limitavam o auxílio-transporte para os profissionais temporários e revogavam progressões e promoções. Além disso, colocavam em xeque a aposentadoria dos servidores.
Os profissionais da educação protestaram em diferentes cidades paranaenses, foram para a capital Curitiba e acompanharam a votação na Alep. Com a movimentação, pressionaram os deputados e o próprio Governo do Estado.
Mas a retirada “não muda a estratégia dos educadores”, enfatizou Nivaldo Rocha. “O desmonte pedagógico é independente dos projetos de lei e já tínhamos anunciado que manteríamos a greve mesmo que não fossem aprovados”.
Ele citou algumas reivindicações: a redução do porte das escolas, o fechamento de salas de aula, a interrupção de projetos complementares (com atividades esportivas, culturais e de reforço pedagógico).
Além disso, ressaltou Rocha, existe a questão financeira. O débito com os educadores inclui o pagamento do terço de férias e a rescisão contratual dos profissionais contratados em regime temporário.
PROTESTOS – Ontem, dezenas de professores e funcionários se reuniram em frente à residência do deputado estadual Tião Medeiros, em Paranavaí. Para eles, o posicionamento do parlamentar foi contra a população.
A movimentação continua hoje. Às 9 horas, palestra sobre as finanças do Estado, no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) – campus de Paranavaí. Às 14 horas, passeata de educadores de toda a região pelo centro da cidade.