Liberada venda do canabidiol, derivado da maconha
BRASÍLIA – A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu ontem retirar o canabidiol, derivado da maconha, da lista de substâncias proibidas no país e reclassificá-lo na lista de substâncias controladas.
É a primeira vez que a Anvisa reconhece, oficialmente, o efeito terapêutico de uma substância derivada da Cannabis sativa. A decisão também abre espaço para que produtos à base de canabidiol (CBD) passem a ser produzidos no Brasil na forma de medicamentos, por exemplo.
A reclassificação foi aprovada por unanimidade. "É um momento histórico", disse o diretor Ivo Bucaresky, ao declarar seu voto.
Em seu parecer, diretores citaram estudos científicos que indicam que a substância, administrada principalmente por via oral, não apresenta risco de dependência.
"Considerando esses fatores, a pergunta não é por que reclassificar, mas por que manter em uma lista de substâncias entorpecentes e psicotrópicas um produto que não possui essa propriedade", afirmou o diretor-presidente substituto, Jaime Oliveira, durante a apresentação de seu voto.
Com a decisão, o canabidiol passa da lista F2, que inclui as substâncias proibidas, para a lista C1, de substâncias controladas, como medicamentos, cuja pesquisa, desenvolvimento e registro precisam ser aprovados pela Anvisa.
QUALIDADE DE VIDA – Parentes de pacientes que usam o canabidiol no tratamento de doenças graves, como a epilepsia, comemoraram a reclassificação do produto, que passou de substância proibida para medicamento de uso controlado.
Katiele Bortoli, mãe de Anny Fisher, disse que a reclassificação representa esperança de qualidade de vida. A filha de Katiele sofre de um tipo grave de epilepsia e tem diversas crises convulsivas quando não usa o canabidiol.
“Vocês não têm ideia do que se passa no coração de alguém desesperançoso. Essa reclassificação dá esperança, dá alívio, dá a sensação de que existe uma luz”, afirmou Katiele. Ela ressaltou que não se trata de cura para nenhuma síndrome, mas de esperança de qualidade de vida.
Norberto Fisher, pai de Anny, destacou que não há mais espaço para dúvidas relacionadas à eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia e de outras enfermidades graves. Para ele, a reclassificação da substância foi consequência do apelo social e não representa nenhum tipo de decisão política. “[A decisão da Anvisa] demonstra que o Brasil atingiu maturidade para debater e discutir a reclassificação do uso medicinal da cannabis”. (com Agência Brasil)
É a primeira vez que a Anvisa reconhece, oficialmente, o efeito terapêutico de uma substância derivada da Cannabis sativa. A decisão também abre espaço para que produtos à base de canabidiol (CBD) passem a ser produzidos no Brasil na forma de medicamentos, por exemplo.
A reclassificação foi aprovada por unanimidade. "É um momento histórico", disse o diretor Ivo Bucaresky, ao declarar seu voto.
Em seu parecer, diretores citaram estudos científicos que indicam que a substância, administrada principalmente por via oral, não apresenta risco de dependência.
"Considerando esses fatores, a pergunta não é por que reclassificar, mas por que manter em uma lista de substâncias entorpecentes e psicotrópicas um produto que não possui essa propriedade", afirmou o diretor-presidente substituto, Jaime Oliveira, durante a apresentação de seu voto.
Com a decisão, o canabidiol passa da lista F2, que inclui as substâncias proibidas, para a lista C1, de substâncias controladas, como medicamentos, cuja pesquisa, desenvolvimento e registro precisam ser aprovados pela Anvisa.
QUALIDADE DE VIDA – Parentes de pacientes que usam o canabidiol no tratamento de doenças graves, como a epilepsia, comemoraram a reclassificação do produto, que passou de substância proibida para medicamento de uso controlado.
Katiele Bortoli, mãe de Anny Fisher, disse que a reclassificação representa esperança de qualidade de vida. A filha de Katiele sofre de um tipo grave de epilepsia e tem diversas crises convulsivas quando não usa o canabidiol.
“Vocês não têm ideia do que se passa no coração de alguém desesperançoso. Essa reclassificação dá esperança, dá alívio, dá a sensação de que existe uma luz”, afirmou Katiele. Ela ressaltou que não se trata de cura para nenhuma síndrome, mas de esperança de qualidade de vida.
Norberto Fisher, pai de Anny, destacou que não há mais espaço para dúvidas relacionadas à eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia e de outras enfermidades graves. Para ele, a reclassificação da substância foi consequência do apelo social e não representa nenhum tipo de decisão política. “[A decisão da Anvisa] demonstra que o Brasil atingiu maturidade para debater e discutir a reclassificação do uso medicinal da cannabis”. (com Agência Brasil)