Para técnicos, transtornos em regiões com obras são inevitáveis diante de chuvas torrenciais

As chuvas dos últimos dias têm causado transtornos aos moradores de diversas regiões de Paranavaí que estão recebendo obras de drenagem, asfalto e calçamento com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e muitos prejuízos para as empresas responsáveis pela execução dos serviços.
“O trabalho que dá para fazer 50 metros de asfalto é o mesmo que dá para fazer 1 km, pois é preciso mobilizar toda uma equipe e maquinários. Então não tem como fazer o asfalto quadra por quadra. A empresa tem um procedimento de execução que deve ser seguido e, infelizmente, a chuva acabou atrapalhando esse processo. A terra que foi depositada nestas ruas causou transtorno, mas faz parte do processo e é necessária para a compactação do asfalto”, explicou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Moacir Ferreira Maciel.
A principal reclamação dos moradores é com relação a dificuldade de transitar pelas ruas e a sujeira causada pelas obras.
“Estes tipos de transtornos, infelizmente, são corriqueiros durante obras de asfalto e drenagem. Muitos moradores sabem disso, porque conviveram com o problema da falta de asfalto por quase 50 anos. Agora estamos muito próximos de resolver definitivamente essa situação e para isso pedimos um pouco mais de compreensão da população”, ressaltou o secretário.
O engenheiro de pavimentação da Secretaria, Carlos Alberto Shoji, lembra ainda que, por causa das características do material usado para pavimentação, são necessários no mínimo dois dias de sol antes e depois da execução dos serviços.
“Não basta não chover. Se o clima estiver úmido, sem sol, o material não seca e todo o serviço pode ficar comprometido. É o que chamamos de ‘dias impraticáveis’. Mesmo sem chuva, não há como executar o serviço com qualidade”, apontou o engenheiro.
Para tentar amenizar os transtornos, a empresa responsável pelas obras na região da Zona Leste (L.B. Fernandes) deixou à disposição dos moradores duas máquinas para socorrer veículos com dificuldade para trafegar.
“Estamos dando um atendimento aos motoristas e tentando minimizar os transtornos. Temos consciência que não podemos deixar os moradores sem conseguir sair ou entrar em suas próprias casas”, afirmou o responsável pela empresa, o engenheiro José Maria Fernandes.