Avanço do greening pode provocar corte de 1,5 milhão de pés de laranja na região
De 2007 até este ano, 800 mil pés de laranja foram eliminados no Noroeste do Paraná. Em 2016, o número deverá subir para 1,5 milhão de plantas. A previsão é de José Croce Filho, coordenador da Área de Sanidade da Citricultura, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Atualmente, existem 12 milhões de árvores na região.
A explicação está no avanço de uma praga difícil de ser controlada, o greening, ou amarelão. A doença é causada por uma bactéria que limita o crescimento dos vasos que distribuem a seiva elaborada, comprometendo, assim, a qualidade das frutas.
De acordo com Croce Filho, os custos para fazer a eliminação das plantas doentes e o controle do mosquito transmissor da doença são altos. Por isso, muitos produtores não terão condições de manter as plantações. “Não estão ocorrendo novos plantios. Isso vai enxugar o pátio cítrico da região”, disse.
As principais vítimas do greening são os pequenos produtores, que não têm condições para investir devidamente nas ações de prevenção e combate à doença. Ao mesmo tempo, os citricultores que seguem os procedimentos para manter a sanidade dos pomares garantirão a melhoria da qualidade das frutas.
Em curto prazo, pode não haver grandes impactos econômicos, mas sem investimentos maciços para erradicar o greening, em alguns anos as plantações do Noroeste do Paraná poderão ser atingidas da mesma maneira como aconteceu na China e nos Estados Unidos, que tiveram pomares devastados pela doença.
MULTAS – Um produtor de Nova Esperança e outro de Guairaçá foram multados, recentemente, porque não fizeram a eliminação de árvores doentes. Croce Filho explicou que antes da penalidade, ambos foram informados sobre a necessidade de cortarem as plantas e, em seguida, notificados.
Como não tomaram as providências exigidas, terão de pagar multa de R$ 7.800. Além disso, serão obrigados a eliminar as árvores contaminadas pelo greening. O valor da multa será dobrado a cada vez que os fiscais da Adapar voltarem à propriedade e constatarem que as plantas doentes não foram cortadas.
CONTROLE – A cada ano são feitas quatro inspeções nas plantações de laranja. As visitas servem para identificar as árvores contaminadas pelo greening e para orientar os citricultores sobre como proceder. Além disso, outras medidas têm sido adotadas nos últimos anos.
Em Paranavaí, por exemplo, uma lei municipal determinou a erradicação das murtas, plantas ornamentais que atraem os insetos transmissores do greening. De acordo com o prefeito Rogério Lorenzetti, a fiscalização é constante, apesar da dificuldade em identificar todas as plantações de murta.
Ele também é produtor de laranja e contou um pouco da experiência que tem com o trabalho do dia a dia. Segundo ele, a cada ano de 1% a 2% dos pomares precisam ser eliminados por causa da doença. Aí, é necessário fazer o replantio para que, em seis anos, seja possível recuperar a capacidade de produtividade.
OTIMISMO – Mas Lorenzetti é otimista em relação à atividade. Na avaliação dele, em 2015 os citricultores terão resultados mais positivos do que os alcançados neste ano. Depois disso, a tendência será o fortalecimento do setor. Por enquanto, disse o prefeito de Paranavaí, é preciso continuar investindo nas medidas de combate ao greening.
A explicação está no avanço de uma praga difícil de ser controlada, o greening, ou amarelão. A doença é causada por uma bactéria que limita o crescimento dos vasos que distribuem a seiva elaborada, comprometendo, assim, a qualidade das frutas.
De acordo com Croce Filho, os custos para fazer a eliminação das plantas doentes e o controle do mosquito transmissor da doença são altos. Por isso, muitos produtores não terão condições de manter as plantações. “Não estão ocorrendo novos plantios. Isso vai enxugar o pátio cítrico da região”, disse.
As principais vítimas do greening são os pequenos produtores, que não têm condições para investir devidamente nas ações de prevenção e combate à doença. Ao mesmo tempo, os citricultores que seguem os procedimentos para manter a sanidade dos pomares garantirão a melhoria da qualidade das frutas.
Em curto prazo, pode não haver grandes impactos econômicos, mas sem investimentos maciços para erradicar o greening, em alguns anos as plantações do Noroeste do Paraná poderão ser atingidas da mesma maneira como aconteceu na China e nos Estados Unidos, que tiveram pomares devastados pela doença.
MULTAS – Um produtor de Nova Esperança e outro de Guairaçá foram multados, recentemente, porque não fizeram a eliminação de árvores doentes. Croce Filho explicou que antes da penalidade, ambos foram informados sobre a necessidade de cortarem as plantas e, em seguida, notificados.
Como não tomaram as providências exigidas, terão de pagar multa de R$ 7.800. Além disso, serão obrigados a eliminar as árvores contaminadas pelo greening. O valor da multa será dobrado a cada vez que os fiscais da Adapar voltarem à propriedade e constatarem que as plantas doentes não foram cortadas.
CONTROLE – A cada ano são feitas quatro inspeções nas plantações de laranja. As visitas servem para identificar as árvores contaminadas pelo greening e para orientar os citricultores sobre como proceder. Além disso, outras medidas têm sido adotadas nos últimos anos.
Em Paranavaí, por exemplo, uma lei municipal determinou a erradicação das murtas, plantas ornamentais que atraem os insetos transmissores do greening. De acordo com o prefeito Rogério Lorenzetti, a fiscalização é constante, apesar da dificuldade em identificar todas as plantações de murta.
Ele também é produtor de laranja e contou um pouco da experiência que tem com o trabalho do dia a dia. Segundo ele, a cada ano de 1% a 2% dos pomares precisam ser eliminados por causa da doença. Aí, é necessário fazer o replantio para que, em seis anos, seja possível recuperar a capacidade de produtividade.
OTIMISMO – Mas Lorenzetti é otimista em relação à atividade. Na avaliação dele, em 2015 os citricultores terão resultados mais positivos do que os alcançados neste ano. Depois disso, a tendência será o fortalecimento do setor. Por enquanto, disse o prefeito de Paranavaí, é preciso continuar investindo nas medidas de combate ao greening.