Exposição artística apresenta obras de jovem com síndrome de Down

Para a mãe, motivo de orgulho. Para o pai, exemplo de vida. Essa é Priscilla de Lucena Penha, de 23 anos. Ela pinta quadros, faz crochê, escreve contos e poemas, toca violão, ministra palestras. A síndrome de Down nunca foi motivo para desistir, ao contrário, deu forças para superar dificuldades, transpor barreiras e ir além dos limites.
Na tarde de ontem, no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebeja), em Paranavaí, Priscilla tocou violão, cantou e emocionou os alunos que pararam as atividades pedagógicas para assistir à apresentação. Foi assim que teve início a exposição das obras de arte produzidas por ela ao longo da vida.
Érica da Silva Florêncio não conteve as lágrimas. “A gente se acostuma a desistir quando encontra dificuldades. Nunca me senti motivada, mas a história dela [Priscilla] mudou minha vida. Não vou deixar de ir atrás dos meus sonhos”.
A professora Maria Silvinha Martins e o diretor do Ceebeja, Celso Jorge Martins, falaram sobre o emprenho de Priscilla. Prestes a concluir o Ensino Médio, ela se mantém firme nos estudos, enquanto se dedica aos talentos artísticos. O empenho dela rendeu elogios por parte dos docentes.
E se não falta aptidão para as artes, na hora de se expressar Priscilla também não encontra dificuldades. “Fiquei muito emocionada, porque a arte é muito importante em minha vida”. Mais ainda quando o que ela faz motiva outras pessoas. “Todos têm potencial e precisam estar prontos para seguir os sonhos”.
A mãe de Priscilla, Lucélia Ferreira de Lucena Penha, contou que desde pequena a filha se dava bem com as manifestações artísticas. Uma parceria que contribuiu para o desenvolvimento da menina, que, hoje, aos 23 anos, aguarda ansiosa pelo lançamento do livro que escreveu, reunindo 200 textos entre poemas e contos.
Jesus Carlos Pereira da Penha, pai de Priscilla, se encheu de orgulho da filha. “Ela é um exemplo de alegria e superação. Muitas pessoas encontram dificuldades e desistem, mas a Priscilla está sempre superando as barreiras. Aprendemos muito com ela”.