Impasse sobre abertura do comércio continua

Na manhã de ontem, empresários se reuniram com representantes do Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí e Região (Sindoscom) para tratar sobre o impasse que ganhou destaque nos últimos dias: abrir estabelecimentos comerciais nos sábados à tarde e nas noites de dezembro resultará em sanções?
A presidente do Sindoscom, Elizabete Madrona, garantiu que sim. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí e Região (Sivapar), Edivaldo Cavalcante, disse que não há amparo legal para as multas.
A preocupação dos empresários se deve ao fato de que a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) 2014/2015 ainda não foi assinada. O documento que detalha as relações trabalhistas deveria entrar em vigência no dia 1º de junho, mas até agora está em aberto.
Na prática, o acordo entre os dois sindicatos define, por exemplo, a remuneração dos trabalhadores, a jornada de trabalho, o pagamento por horas-extras e o calendário comercial. Mas, por causa das divergências entre as duas entidades sindicais, o documento ainda não foi assinado.
Entre os pontos que ainda não foram resolvidos estão a abertura dos supermercados e do shopping aos domingos e a remuneração dos trabalhadores pelo expediente.
Segundo Cavalcante, o Sivapar sugeriu que o valor a ser pago para os funcionários dos supermercados fosse de R$ 45 para R$ 55. O Sindoscom teria indicado R$ 75.
No caso das empresas dentro do shopping, além do índice de reajuste o impasse recai sobre o turno de trabalho. Enquanto o Sindoscom defende seis horas, o Sivapar quer sete horas e vinte minutos ou oito horas.
No começo da semana, alguns empresários de Paranavaí conversaram com o presidente do Sivapar para pedir segurança no sentido de não serem multados. Cavalcante disse que não há riscos de serem punidos. Elizabete afirmou o contrário, informando que os trabalhadores não poderão ficar dentro das respectivas empresas após 13 horas, aos sábados.
Enquanto a briga entre os dois sindicatos não se resolve, os lojistas ficam sem saber o que fazer. A favor da abertura do comércio somente um sábado por mês, Arafat Soumailli espera que o impasse termine o quanto antes “para não sobrar para os empresários”.