Palestras abordam como identificar corrupção e a importância do voto

O Comitê 9840 de combate à corrupção eleitoral iniciou anteontem à noite um ciclo de palestras para a comunidade estudantil de Paranavaí. O primeiro da série de encontros foi no Colégio Flauzina Dias Viegas, do Jardim Morumbi.
O evento abordou as formas para identificar corrupção eleitoral e como denunciá-las, bem como a importância do voto como agente de transformação da vida das pessoas.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (Subsecção de Paranavaí) e coordenador do Comitê, o advogado Anderson Donizete dos Santos reforça a importância de tais esclarecimentos para os mais jovens. Um dos pontos centrais, explica, é acabar com o mito de que votos brancos e nulos anulam uma eleição.
Pelas regras em vigor, esse tipo de voto apenas exclui o cidadão das decisões. Isso porque a eleição é feita com base nos votos válidos. Em outras palavras: se o cidadão se omitir, alguém vai ser eleito, sem a sua participação, resume.
Outro problema ainda em pauta no Brasil diz respeito à compra de votos, nas suas mais variadas formas (direta ou indireta). Ninguém deve receber qualquer benefício direto ou indireto. Oferecer uma vantagem fere a lei eleitoral.
As pessoas que tiverem denúncias fundamentadas a fazer podem utilizar os telefones da OAB – (44) 3423-6645 ou 3422-1771. A denúncia deve ser feita no horário de expediente – das 08 às 11 horas e das 13 às 18 horas. É preciso reunir indícios, evitando formalizar denúncias vazias.
Ainda nas palestras o Comitê 9840 fala sobre a importância da conscientização regional pela representatividade. Os integrantes falam sobre a campanha de voto consciente (Voto Noroeste). Nos próximos dias o Comitê vai divulgar o calendário com novas palestras em escolas, colégios e universidades.  
Neste primeiro evento de conscientização participaram, além do presidente: Cláudio Miguel de Souza, Thaís Soares, advogados Jurandir Terra e Jaime Moura Jorge Júnior.
HISTÓRIA DO COMITÊ – Em 1999, o Congresso Nacional aprovou a Lei 9840, de iniciativa popular, protocolada no Congresso Nacional com mais de um milhão de assinaturas, visando combater a corrupção eleitoral.
Desde então, outras medidas foram aprovadas em nome da ética e da moralidade, atendendo a vontade da população brasileira de eliminar da vida pública os corruptos e os corruptores.
Exemplos disso são as leis que proíbem o nepotismo e a da ficha-limpa, responsáveis por ajudar na necessidade de depuração do processo político.