No “duelo” de torcidas, argentinos mostram 7 dedos e brasileiros, 5

SÃO PAULO – A Argentina venceu a Holanda nas penalidades (4×2) depois do empate em 0x0 no tempo normal e prorrogação, ontem à tarde, no Itaquerão, em São Paulo. O time de Messi disputará o título no domingo, contra a Alemanha, às 16h, no Maracanã.
Pela primeira vez nesta Copa do Mundo, o Itaquerão não teve a cor amarela, que representa a seleção brasileira, predominante. O azul e branco, da Argentina, é que reinou durante o duelo entre a equipe e a Holanda.
Mas a rivalidade entre brasileiros e argentinos estava presente na arquibancada.
Além dos cânticos tradicionais, como "Brasil, decime que se siente…" (Brasil me diga o que sente), e "Vamos, vamos, Argentina", os torcedores inovaram com "Siete se comió, siete se comió" (sete, comeu sete), em referência à goleada de 7 a 1 sofrida pelo Brasil diante da Alemanha.
Os argentinos também faziam o número sete com as mãos.
Os brasileiros responderam com gritos de "pentacampeão", mostraram cinco dedos, e cantaram um música exaltando Pelé e xingando Maradona.
A torcida brasileira também adotou a Holanda para tentar conter a empolgação argentina. Aos gritos de "Vai Holanda" e "Hup Holland Hup " como gritam os holandeses -minoria no estádio.
CAUTELA – Ao longo de mais de 120 minutos, sobrou cautela e tensão no jogo de ontem. Argentinos e holandeses criaram pouquíssimas chances de gol e, pouco a pouco, foram aceitando levar a decisão da vaga na final da Copa do Mundo para a decisão por pênaltis, após um empate sem gols. E, então, quem mostrou que tinha razão em esperar tanto era Sergio Romero.
O goleiro argentino defendeu duas cobranças – de Ron Vlaar e de Wesley Sneijder – e foi o grande responsável pelo fato de os argentinos retornarem à decisão de um Mundial após 24 anos. E, aliás, os adversários serão os mesmos daquela decisão na Itália, em 1990: a Alemanha. Os dois se enfrentarão às 16h do domingo, dia 13, no Maracanã, na terceira vez em que esse confronto decidirá um campeão mundial.
Já os holandeses viajam para Brasília, onde serão os adversários de uma Seleção Brasileira que ainda junta os cacos da hecatombe que foi a derrota para os alemães no Mineirão.
Tudo o que os primeiros 45 minutos da primeira semifinal, entre Brasil e Alemanha, tiveram de surreais, os de Argentina x Holanda tiveram de um típico jogo decisivo: muita organização, muita cautela e poucas oportunidades de lado a lado.