Noroeste ainda tem altos índices de infestação por Aedes aegypti
Com 643 notificações de casos suspeitos de dengue, o Noroeste do Paraná acumula preocupantes índices de infestação por Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença. Enquanto a marca considerada tolerável pelo Ministério da Saúde é 1%, alguns municípios da região totalizam mais de 3%.
Significa que a cada 100 casas visitadas pelas equipes de saúde, mais de três apresentaram criadouros com larvas do inseto. Em Planaltina do Paraná, por exemplo, o índice registrado no último levantamento foi de 3,90 pontos percentuais. Em Amaporã, 3,86%.
Há poucos meses, a situação não era diferente em outros municípios do Noroeste do Paraná. Alguns levantamentos apontaram problemas ainda maiores. Loanda tinha 6,90% de infestação por Aedes aegypti. Querência do Norte, 6,70%.
Um caso que chama a atenção é o de Nova Londrina. Se antes o índice de casas com criadouros de larvas do mosquito transmissor da dengue era de 6,6 pontos percentuais, o levantamento mais recente apontou redução, passando para 0,50%.
NÚMEROS – Sempre que um paciente que chega à unidade de saúde para receber atendimento médico e apresenta sintomas de dengue, a equipe de profissionais faz o registro e lança as informações no sistema de dados. São as chamadas notificações.
Desde o início do ano, o Noroeste do Paraná soma 643 desses registros. Obviamente, nem todos os casos são confirmados, já que são coletadas amostras sanguíneas dos pacientes, para análises laboratoriais. Os resultados apontam que foram 33 positivos e 577 negativos. Outros 33 ainda estão sendo investigados.
CUIDADOS – A redução dos números passa, necessariamente, por uma série de cuidados que a população e o poder público precisam tomar. As instâncias governamentais precisam investir em ações de prevenção e combate ao mosquito, ampliando as frentes de fiscalização e os trabalhos de conscientização dos moradores.
Para a população, a orientação é que os quintais sejam mantidos sempre limpos, sem objetos que possam acumular água e garantam condições para que o mosquito complete o ciclo reprodutivo. O descarte de lixo em terrenos baldios, fundos de vale e margens de vias públicas também contribui para a elevação dos índices.