Produção de fécula de mandioca bate recorde em faturamento e ultrapassa R$ 1 bi

A produção de fécula de mandioca bateu recorde de faturamento em 2013, atingindo o valor de R$ 1,6 bilhão. Este valor foi anunciado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) durante a reunião mensal da Associação Brasileira de Amido de Mandioca (Abam), segunda-feira, dia 24, em Maringá.
O presidente da Associação, João Eduardo Pasquini, disse que esse faturamento é o maior desde quando começou a ser acompanhado, em 2002. Um dos responsáveis por esse resultado foi a queda na produção de raiz no Nordeste brasileiro, ocasionado pela seca.
“A baixa produção de raiz no Nordeste, devido a fatores climáticos, fez com que a procura do produto crescesse tanto lá como nas regiões Sul e Sudeste do país. Então, aumentou a demanda. E com a baixa da oferta do produto, o valor dos produtos base de mandioca subiu muito”, relata.
De acordo com o presidente, este dado mostra a importância da cadeia produtiva da mandioca na economia nacional.
“Não é só o industriário que ganha. Todos os envolvidos na cadeia saem lucrando. Mais insumos, mais investimento nas indústrias e mais máquinas, caminhões e equipamentos foram vendidos. O produtor também lucrou mais com o preço alto da raiz. Não faltou trabalho no campo. Enfim, um recorde como este só tem que ser comemorado por todos, pois fomenta muitos setores da economia”, enfatiza.
O Estado do Paraná também tem muito que comemorar com este recorde. Atualmente, o Estado concentra o maior polo de produção de fécula de mandioca do País.
Ao todo, das quase 90 indústrias em operação no Brasil, em torno de 50 estão instaladas no Paraná. De acordo com Pasquini, 70% da produção brasileira de fécula saem do território paranaense. Somente a região Noroeste do Paraná corresponde por 40% desse total.
”Produzimos 70% da fécula de mandioca do país, isto quer dizer que R$ 700 milhões deste faturamento recorde ficaram aqui. Desse valor, a região Noroeste foi responsável por cerca de R$ 400 milhões que, somados ao faturamento estimado das farinheiras, em torno de R$ 400 milhões, deu um total de R$ 800 milhões que estão movimentando a economia regional desde 2013”, diz.
O aumento do faturamento em 40% de 2012 para 2013 deixou o setor com grandes expectativas para o ano de 2014.
“Esperamos produzir 10, 29% a mais de raiz a nível nacional. Passaríamos de 21 para 23 milhões de toneladas. No Paraná, o aumento esperado é de 9,68%. Um salto de 3.865 para 4.239 mil toneladas de raiz. Para produção de fécula, a expectativa em nível nacional é de um aumento de 27% que deverá passar de 433 mil toneladas para 603 mil toneladas de fécula de mandioca, ou seja, um aumento de 27%”, finaliza o presidente da ABAM.