“Fechamos o ano muito bem”, diz ministra Gleisi Hoffmann

BRASÍLIA – O resultado do leilão da BR-040, que teve a Invepar como vencedora, fez com que o governo fechasse o ano "muito bem" na avaliação da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
"Foi um sucesso, como todos os outros que fizemos este ano, em cinco leilões de rodovias", afirmou em encontro com jornalistas ontem no Palácio do Planalto.
Durante a conversa, a ministra comemorou o desfecho do leilão ao ser informada que houve desconto de 61,13% sobre o teto estipulado pelo governo.
"Está boa essa, hein? Não é uma maravilha? Todos os nossos pedágios estão abaixo de R$ 5", afirmou. "Neste, a concorrência foi muito grande. [Deságio de] 61%? Muito bom", disse.
A Invepar venceu com a oferta de tarifa de pedágio de R$ 3,22 para cada um dos onze trechos de 100 Km da BR-040, que liga Brasília a Juiz de Fora (MG).
"As obras [das rodovias concedidas] estão concentradas em cinco anos e só começam a cobrar pedágio depois de 10% da obra feita", disse.
"Acredito que agora o governo conseguirá fazer os investimentos em rodovias tão necessários, já iniciando em 2014 e trazendo para o país um volume de investimentos importante", afirmou a ministra.
NOVOS LEILÕES – A próxima rodovia a ser licitada pode ser a BR-153, que liga Goiás ao Tocantins, segundo Hoffmann. Ela afirmou que o governo avalia desmembrar um trecho da estrada, perto de Palmas, considerado mais complexo, para que a licitação possa ser agilizada.
"Fazer nesse trecho uma concessão clássica, teria de haver uma tarifa muito elevada", disse. "Estamos terminando essa avaliação e teremos uma decisão em janeiro".
No total, o governo incluiu nove rodovias no PIL (Programa de Investimentos em Logística), lançado em 2012. Cinco foram licitadas este ano e quatro foram adiadas para o ano que vem.
Segundo ela, para as demais rodovias ainda não há definição.
"Vamos fazer obras com concessão onde seja bom para todos. Aquelas que se mostrarem muito caras para o usuário ou para o setor produtivo, o governo vai fazer investimento ou PPP (parceria público-privada) patrocinada", disse.
"Elas podem não ser feitas por meio de concessão. São rodovias que precisam de obras e podem migrar para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento", afirmou.