Cotação da mandioca atinge um dos melhores índices da história

A mandiocultura gerou aproximadamente R$ 1 bilhão para toda a região Noroeste do Paraná nos últimos 12 meses. O cálculo do presidente da Câmara Setorial da Mandioca, do Ministério da Agricultura, Ivo Pierin Junior, leva em conta a produção significativa e os preços em alta.
Segundo ele, a seca enfrentada pelos estados do Nordeste do Brasil colocaram Paranavaí e os municípios vizinhos em lugar de destaque no mercado nacional. “Estamos num momento favorável, e o próximo ano também deve ser bem rentável para os produtores”, avalia Pierin Junior.
O presidente da Câmara Setorial da Mandioca afirma que os preços poderão sofrer leve queda, mas a antecipação da safra terá efeitos positivos. Para se ter uma ideia, o que seria colhido daqui a dois anos já será comercializado em 2014, mesmo que a colheita precoce resulte em menor teor de amido na raiz, que é o critério para definir o preço.
Pierin Junior diz que a tonelada custa em média R$ 600. “É um dos melhores preços de toda a história. Mesmo com a entressafra se estendendo um pouco, a produtividade não foi afetada”. O presidente da Câmara Setorial da Mandioca reforça que o período de seca prolongado não interferiu na extensão da área plantada.
PRODUTORES – Pierin Junior não sabe precisar quantos produtores existem na região, mas garante que o número chega à casa dos milhares. “Antes eram apenas mini e pequenos produtores. Hoje a quantidade de médios e grandes produtores tem crescido consideravelmente”.
Todos estão conseguindo boa rentabilidade, avalia o presidente da Câmara Setorial da Mandioca. “O impacto da crise no Nordeste está favorecendo nossos produtores, graças aos bons preços que conseguimos praticar”. De acordo com Pierin Junior, as dificuldades nos estados nordestinos fizeram com que a região de Paranavaí se tornasse a principal produtora da raiz em todo o Brasil.