Quatro funcionários podem ter desviado R$ 200 milhões da prefeitura de SP
SÃO PAULO (Folhapress) – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) classificou a prisão dos quatro funcionários da prefeitura na operação conhecida como "Necator" como sendo "um dos maiores escândalos da cidade de São Paulo".
Os detidos são apontados como sendo os responsáveis pelo desvio de ao menos R$ 200 milhões da prefeitura da capital durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP).
De acordo com o atual chefe do executivo municipal, juntos os presos acumulam um patrimônio de cerca de R$ 80 milhões. Com o grupo, a polícia apreendeu um Porsche e duas motos Ducati.
"Com um salário de servidor público dificilmente você consegue chegar a uma fração disso" disse Haddad.
Questionando se o ex-prefeito sabia do esquema, Haddad disse: "As informações preliminares não indicam que o esquema tinha ligação com o poder público".
O ex-prefeito diz que nenhum dos investigados foi indicado ao cargo por ele. "São técnicos, funcionários de carreira."
Segundo a prefeitura, a quadrilha recolhia de 30 a 50% do ISS que deveria ser pago ao município.
De acordo com informações do Ministério Público, o grupo é apontado como integrante de um grande esquema de corrupção que causou um rombo estimado em até R$ 200 milhões ao cofres públicos nos últimos três anos. Todos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e formação de quadrilha.
Os quatro funcionários foram exonerados entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
De acordo com o Ministério Público, os quatro auditores fiscais tinham evolução patrimonial incompatível com a sua remuneração. A investigação descobriu que os suspeitos tinham um esquema de corrupção envolvendo os valores do ISS (Imposto Sobre Serviços) cobrado de empreendedores imobiliários.
O recolhimento do ISS – calculado sobre o custo total da obra – é necessário para que o empreendedor tenha o "Habite-se". Segundo o Ministério Público, o grupo emitia guia com valores pequenos e exigiam dos empreendedores depósitos em altas quantias em suas contas bancárias. Se o valor não fosse pago, os certificados de quitação do ISS não eram emitidos e, consequentemente, o empreendimento não era liberado para ser ocupado.
Em um dos casos, segundo o Ministério Público, foi constato que uma empresa recolheu R$ 17.900 de ISS e, no dia seguinte, depositou R$ 630 mil na conta da empresa de um dos auditores. O valor da propina corresponde a 35 vezes o montante que entrou nos cofres públicos.
O Ministério Público investiga agora se as empresas foram vítimas de concussão ou se praticaram crime de corrupção ativa.
Os detidos são apontados como sendo os responsáveis pelo desvio de ao menos R$ 200 milhões da prefeitura da capital durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP).
De acordo com o atual chefe do executivo municipal, juntos os presos acumulam um patrimônio de cerca de R$ 80 milhões. Com o grupo, a polícia apreendeu um Porsche e duas motos Ducati.
"Com um salário de servidor público dificilmente você consegue chegar a uma fração disso" disse Haddad.
Questionando se o ex-prefeito sabia do esquema, Haddad disse: "As informações preliminares não indicam que o esquema tinha ligação com o poder público".
O ex-prefeito diz que nenhum dos investigados foi indicado ao cargo por ele. "São técnicos, funcionários de carreira."
Segundo a prefeitura, a quadrilha recolhia de 30 a 50% do ISS que deveria ser pago ao município.
De acordo com informações do Ministério Público, o grupo é apontado como integrante de um grande esquema de corrupção que causou um rombo estimado em até R$ 200 milhões ao cofres públicos nos últimos três anos. Todos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e formação de quadrilha.
Os quatro funcionários foram exonerados entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
De acordo com o Ministério Público, os quatro auditores fiscais tinham evolução patrimonial incompatível com a sua remuneração. A investigação descobriu que os suspeitos tinham um esquema de corrupção envolvendo os valores do ISS (Imposto Sobre Serviços) cobrado de empreendedores imobiliários.
O recolhimento do ISS – calculado sobre o custo total da obra – é necessário para que o empreendedor tenha o "Habite-se". Segundo o Ministério Público, o grupo emitia guia com valores pequenos e exigiam dos empreendedores depósitos em altas quantias em suas contas bancárias. Se o valor não fosse pago, os certificados de quitação do ISS não eram emitidos e, consequentemente, o empreendimento não era liberado para ser ocupado.
Em um dos casos, segundo o Ministério Público, foi constato que uma empresa recolheu R$ 17.900 de ISS e, no dia seguinte, depositou R$ 630 mil na conta da empresa de um dos auditores. O valor da propina corresponde a 35 vezes o montante que entrou nos cofres públicos.
O Ministério Público investiga agora se as empresas foram vítimas de concussão ou se praticaram crime de corrupção ativa.