Jaime Lerner diz à CPI dos Pedágios que as concessões foram a alternativa mais viável
CURITIBA – A reunião da CPI dos Pedágios da Assembleia Legislativa, realizada na manhã de ontem teve como depoente o ex-governador Jaime Lerner, responsável pelo processo de concessão, quando estava à frente do Estado, em 1998.
Lerner disse que os pedágios eram a única solução viável para o Paraná. “Percorri todos os municípios do estado. Eram buracos, falta de acostamento, uma armadilha a cada curva”, disse.
O ex-governador argumentou que a situação da economia brasileira à época era precária. “Não dá para comparar com agora. A Selic (taxa básica de juros) chegou a 49,25% em outubro de 1998. Não havia subsídios do BNDES. Ninguém investia sem uma taxa de retorno razoável. Pagamos pelo pioneirismo”, ressaltou.
Também falou da redução das tarifas em 50% em 1998, em uma decisão unilateral do governo. “Tentamos um acordo com as concessionárias primeiro, pois a reação da população diante dos valores cobrados nos levou a isso. Pela proposta, as concessionárias reduziriam e adiariam algumas obras. Mas não foi aceita e as empresas entraram na Justiça”.
O deputado Artagão Júnior perguntou a Lerner qual o legado que a CPI deve deixar. Questionou o que o ex-governador achava mais importante: a retomada das obras, a redução das tarifas ou o cancelamento dos contratos.
“Continuar salvando vidas, dando condições de infraestrutura. O trabalho da CPI, assim como o dos demais atores envolvidos neste processo, pode contribuir para isso”, disse Lerner. Segundo ele, por estar fora do governo há 12 anos, não pode opinar sobre possíveis superfaturamentos e demais irregularidades.
LEGADO – Para Lerner, o trabalho da CPI poderá ser muito importante para a atual conjuntura envolvendo o pedágio e para o atual governo. De acordo com ele, é preciso que as obras previstas aconteçam.
No encontro com os parlamentares, ele ainda relacionou alguns pontos positivos no modelo de concessões promovido pelo seu governo. “Foi feito aquilo que era e tinha de melhor. Se há algo a ser corrigido hoje, esta comissão pode contribuir. Nunca imaginei o pedágio. Imaginei sim o anel de integração. Mas para ele acontecer foi desta forma. Como consequência disso houve a recuperação de rodovias. Quantas vidas foram poupadas? Quantos estudantes puderam se formar? Quantas empresas vieram para o Paraná? Quantos empregos foram gerados? O anel de integração possibilitou que as cidades ficassem a menos de uma hora dos pontos estratégicos, de bens e serviços. Tudo foi feito para beneficiar a população e promover o desenvolvimento”.
Lerner disse que os pedágios eram a única solução viável para o Paraná. “Percorri todos os municípios do estado. Eram buracos, falta de acostamento, uma armadilha a cada curva”, disse.
O ex-governador argumentou que a situação da economia brasileira à época era precária. “Não dá para comparar com agora. A Selic (taxa básica de juros) chegou a 49,25% em outubro de 1998. Não havia subsídios do BNDES. Ninguém investia sem uma taxa de retorno razoável. Pagamos pelo pioneirismo”, ressaltou.
Também falou da redução das tarifas em 50% em 1998, em uma decisão unilateral do governo. “Tentamos um acordo com as concessionárias primeiro, pois a reação da população diante dos valores cobrados nos levou a isso. Pela proposta, as concessionárias reduziriam e adiariam algumas obras. Mas não foi aceita e as empresas entraram na Justiça”.
O deputado Artagão Júnior perguntou a Lerner qual o legado que a CPI deve deixar. Questionou o que o ex-governador achava mais importante: a retomada das obras, a redução das tarifas ou o cancelamento dos contratos.
“Continuar salvando vidas, dando condições de infraestrutura. O trabalho da CPI, assim como o dos demais atores envolvidos neste processo, pode contribuir para isso”, disse Lerner. Segundo ele, por estar fora do governo há 12 anos, não pode opinar sobre possíveis superfaturamentos e demais irregularidades.
LEGADO – Para Lerner, o trabalho da CPI poderá ser muito importante para a atual conjuntura envolvendo o pedágio e para o atual governo. De acordo com ele, é preciso que as obras previstas aconteçam.
No encontro com os parlamentares, ele ainda relacionou alguns pontos positivos no modelo de concessões promovido pelo seu governo. “Foi feito aquilo que era e tinha de melhor. Se há algo a ser corrigido hoje, esta comissão pode contribuir. Nunca imaginei o pedágio. Imaginei sim o anel de integração. Mas para ele acontecer foi desta forma. Como consequência disso houve a recuperação de rodovias. Quantas vidas foram poupadas? Quantos estudantes puderam se formar? Quantas empresas vieram para o Paraná? Quantos empregos foram gerados? O anel de integração possibilitou que as cidades ficassem a menos de uma hora dos pontos estratégicos, de bens e serviços. Tudo foi feito para beneficiar a população e promover o desenvolvimento”.