Manifestantes pediram o fim das injustiças sociais

Oração e música para elevar a espiritualidade. “No alto” eles buscaram inspiração para o que estava para acontecer: uma passeata pelas ruas para chamar a atenção de toda a sociedade para os problemas sociais. Foi o 5º Grito dos Excluídos de Paranavaí – que em nível nacional chegou à 19ª edição.
A manifestação foi organizada pelas pastorais sociais da Igreja Católica e começou na Rua Manoel Ribas, passando pela Marechal Cândido Rondon e pela Getúlio Vargas. Participaram integrantes de entidades que atendem diretamente os grupos considerados minorias, além de representantes do movimento juvenil.
Um dos organizadores do Grito dos Excluídos, o padre Romildo Neves disse que o grande objetivo é apontar saídas para problemas evidentes enfrentados todos os dias pela população. “É preciso melhorar a assistência à saúde. Nossos pedidos incluem um hospital municipal e uma unidade de tratamento oncológico”, exemplificou o padre.
Ele também citou as dificuldades vivenciadas pelas entidades que atendem a comunidade. As exigências do Tribunal de Contas em relação ao repasse de subsídios por parte do poder público têm engessado o trabalho, comprometendo a realização de projetos e ações.
Com a passeata de ontem, os manifestantes pediram respostas. “Que nosso grito seja correspondido na medida do possível. As reivindicações mais simples sendo atendidas em curto prazo e as mais complexas em médio e longo prazo”, manifestou-se o padre. Segundo ele, esta foi a primeira vez que o movimento elaborou uma lista de reivindicações – que foi entregue ao prefeito Rogério Lorenzetti.
Na opinião de Neves, a exclusão passa principalmente pelo aspecto social. “Ainda falta dignidade humana”, disse. Para o padre, os direitos adquiridos pela população não estão sendo respeitados. Por isso, a Igreja Católica tem se preocupado em atender pessoas em situação de vulnerabilidade. “Temos tratado desta questão de forma ampla”, concluiu o padre.