Prefeito e secretário agradecem servidores que não interromperam atendimento
“Fizemos questão de vir agradecer aos servidores que estão trabalhando, cumprindo sua responsabilidade e não deixando a população desassistida. Estes funcionários, do Jardim Ipê, Jardim São Jorge e NIS Central, tiveram um entendimento claro com relação ao momento delicado, e essa atitude é muito louvável”, destacou Lorenzetti.
“Não sou pessoa de fazer injustiça com ninguém. Um novo laudo que define os percentuais de insalubridade já está em andamento e, assim que for concluído, será aplicado de acordo com o parecer técnico. Até lá, ninguém vai sofrer com redução salarial, uma vez que já encaminhamos à Câmara uma proposta para pagamento dos atrasados em 10 meses para quem teve redução ou corte do adicional de insalubridade neste momento. Neste prazo o novo laudo já estará concluído, já teremos passado pela conversa sobre os dissídios, que acontece normalmente em abril, e tudo estará sendo executado dentro da legalidade”, esclareceu o prefeito.
Os servidores destacaram que não aderiram à greve “porque os pacientes não podem pagar o preço, não podem ficar sem atendimento. Existem outras maneiras de conversarmos e buscarmos um entendimento sobre o que é melhor para todos”, declarou uma servidora.
Roseli de Souza Ribeiro é paciente do posto do Jardim Ipê disse estar agradecida por não ter o atendimento interrompido. “Aqui somos muito bem atendidos. Se o postinho tivesse parado, eu teria que procurar ajuda no PA. Além de ser longe, tenho certeza de que lá estaria lotado de gente das outras unidades precisando de socorro também. Gostei muito de saber que a equipe aqui da nossa Unidade se importou conosco, em não nos deixar na mão”, elogiou.
“Eu não aderi à greve porque me lembro bem de quando o Sindicato negociou um aumento salarial para nós com a condição de basear o cálculo da insalubridade sobre um teto. Não achei correto aquela briga toda pela revisão do cálculo sobre um teto e meio, sendo que isso já estava conversado”, declarou uma servidora que pediu para não ter seu nome divulgado por receio de retaliações.
Procurador fala em medidas legais contra grevistas
Segundo um levantamento feito pela diretoria administrativa da Secretaria de Saúde, 129 profissionais, entre agentes comunitários de saúde, recepcionistas, auxiliares e técnicos de enfermagem e outras funções que tiveram reduções ou corte do adicional de insalubridade com a aplicação do laudo de 2007, paralisaram suas atividades, não prestando o atendimento regular à população.
“Legalmente, todos os servidores terão as faltas descontadas e, para cada semana (ou parcial semanal) de trabalho também perdem o direito ao repouso semanal remunerado. Ou seja, são três dias de greve, mas os servidores perdem 5 dias de remuneração, contando o sábado e domingo. O município também está entrando com uma ação no Tribunal de Justiça indicando a ilegalidade da greve. Existem várias medidas que precisam ser tomadas antes de se deflagrar uma greve e, no nosso entendimento, há irregularidades. Vamos aguardar o julgamento do TJ e, caso a ilegalidade seja comprovada, estes servidores podem perder ainda o direito à progressão salarial, ao anuênio e à licença prêmio referentes ao período aquisitivo, que é o ano de 2013”, esclareceu o procurador do município, Gilson dos Santos.