Mídia internacional repercute “lendas” do Brasil

A mídia internacional repercutiu ontem as mortes do lateral direito Nilton De Sordi e do o goleiro Gylmar dos Santos Neves, ambos campeões mundiais em 1958, ano da primeira conquista da seleção brasileira em Copas. "Brasil perde duas lendas", diz o site do jornal espanhol "Mundo Deportivo", que lembra ainda que "Gylmar, mítico goleiro que ganhou as Copas de 1958 e 1962, é considerado por muitos o melhor arqueiro do Brasil". O jornal "Marca", também da Espanha, estampa em sua nota que o "Brasil chora a perda de dois campeões do mundo". Na Itália, o jornal "Corriere dello Sport" destaca Gylmar ao dizer que o "ex-goleirão" é uma "lenda do grande Brasil dos anos 1950". O diário "TuttoSport", também da Itália, foi outro jornal que emitiu nota para recordar o ex-jogador. Gylmar foi o único arqueiro até hoje que venceu duas Copas como titular. Depois de 1958, repetiria a conquista em 1962, no Mundial do Chile. Nascido em Santos, começou a carreira no Jabaquara. Impressionava pela facilidade com que saía do gol para evitar cruzamentos e por seu posicionamento correto. Em 1951, com quase 21 anos, Gylmar foi negociado com o Corinthians. Foi contrapeso na venda de outro atleta, mas se tornou titular e, pelo clube do Parque São Jorge, seria tricampeão paulista (1951, 1952 e 1954) e bi do Rio-São Paulo (1953 e 1954). O período sem títulos, que começou em 1954 e só terminou em 1977, fez no período o Corinthians se desfazer de jogadores que foram ídolos. Voltou para a cidade natal, em 1962, para jogar em um dos melhores times da história. O Santos de Pelé. Encerrou a carreira em 1969. Já De Sordi sofria de mal de Parkinson (doença neurológica) havia mais de 20 anos e seu quadro piorou há cerca de 40 dias, quando caiu em casa e bateu a cabeça. A saúde se agravou na última segunda, quando foi internado com suspeita de pneumonia. Embora tenha participado de toda a campanha em 1958, ele ficou fora da final por causa de uma lesão. Djalma Santos, que morreu em julho, aos 84 anos, foi seu substituto. No São Paulo, De Sordi disputou 543 jogos e conquistou os Paulistas de 1953 e 1957.