Não houve registro de casos de dengue no mês de julho
Depois de uma situação que beirou o caos, Paranavaí vive um período de tranquilidade em relação aos casos de dengue. Em julho não houve confirmações de casos.
O último registro da doença foi em 26 de junho, portanto há mais de um mês. Mas, o momento não é de tranquilidade. Os próximos meses serão decisivos para indicar se a cidade terá novo surto epidêmico no verão. Os cuidados dependem de ações do poder público e também da comunidade.
O diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel, informou que em junho foram registrados 12 casos suspeitos, mas não houve confirmação, embora os exames estejam pendentes no Lacen – Laboratório Central do Estado. Um cenário diferente do vivido desde o início do ano. A cidade contabilizou em 2013 um total de 11.828 pessoas com dengue.
Essa aparente calmaria esconde um momento crucial para evitar nova epidemia. Fadel lembra que é preciso eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da doença) neste momento. Se a cidade chegar ao mês de outubro com alta incidência, vai viver novo surto, diz ele.
Tanto que, apesar do baixo número de notificações, a Vigilância mantém o bloqueio sempre que há casos suspeitos. O bloqueio é a aplicação de veneno e visita de casa em casa num raio de 300 metros a partir da residência do paciente. Se o resultado for positivo, é feito um segundo bloqueio.
O trabalho é fundamental na erradicação do vírus, diz o diretor, já que é quase impossível eliminar totalmente o mosquito, mas apenas manter a população em índices baixos. Com menos, mosquito e ausência do vírus, a doença estará sob controle, analisa.
ÍNDICES BAIXOS, MAS PREOCUPANTES – Atualmente os índices são considerados baixos, mas ainda preocupantes. Por isso, a Vigilância deve fazer novo levantamento nas próximas semanas para sentir o reflexo das chuvas recentes sobre a infestação.
Em janeiro a infestação chegou a 6,2%, caindo para 4,2 na coleta seguinte. O índice tolerável pela Organização Mundial de Saúde é de até 1%.
O problema é que para acabar com o mosquito, será preciso participação de toda a comunidade. Fadel lembra que a função dos agentes de saúde é orientar, fiscalizar e notificar práticas incorretas. No entanto, as pessoas confundem, atribuindo aos agentes a função de limpar casas e quintais. “Isso é por conta do morador”, reforça.
Para dar novos instrumentos de fiscalização, a Vigilância estuda propor mudanças na lei que prevê multa para quem negligenciar a limpeza dos quintais. O texto atual esbarra na burocracia, aponta, complementando que as mudanças não estão definidas.
O certo é que há muito lixo em locais irregulares, incluindo ruas e terrenos baldios. Todo mês a Vigilância recolhe cerca de 50 mil quilos de lixo, sem contar pneus, móveis e uma infinidade de utensílios que podem acumular água e, por consequência, ajudar no desenvolvimento do mosquito. São recolhidos uma média de 300 pneus por mês.
Fadel aconselha que as pessoas coloquem o lixo para que seja recolhido. Caso contrário, é mais produtivo pedir auxílio à Vigilância, mas nunca colocar em local inadequado.
EDUCAÇÃO – Uma das frentes definidas pela Vigilância é investir na educação. Para tal, conta com a ajuda de parceiros, liberando a equipe para o trabalho técnico. O Conselho de Combate à Dengue está com nova formação e será oficializado nos próximos dias. A partir, daí, a Vigilância vai propor uma série de ações, antecipa.
A cidade possui 49 agentes de saúde. O ideal é manter 55 profissionais, aponta, lembrando que as contratações dependem de trâmites burocráticos e de limites orçamentos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. O Ministério da Saúde preconiza um agente para mil imóveis. Fadel considera ideal um profissional para cada 800 imóveis, fazendo frente ao aumento constante do número de residências.
O último registro da doença foi em 26 de junho, portanto há mais de um mês. Mas, o momento não é de tranquilidade. Os próximos meses serão decisivos para indicar se a cidade terá novo surto epidêmico no verão. Os cuidados dependem de ações do poder público e também da comunidade.
O diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel, informou que em junho foram registrados 12 casos suspeitos, mas não houve confirmação, embora os exames estejam pendentes no Lacen – Laboratório Central do Estado. Um cenário diferente do vivido desde o início do ano. A cidade contabilizou em 2013 um total de 11.828 pessoas com dengue.
Essa aparente calmaria esconde um momento crucial para evitar nova epidemia. Fadel lembra que é preciso eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da doença) neste momento. Se a cidade chegar ao mês de outubro com alta incidência, vai viver novo surto, diz ele.
Tanto que, apesar do baixo número de notificações, a Vigilância mantém o bloqueio sempre que há casos suspeitos. O bloqueio é a aplicação de veneno e visita de casa em casa num raio de 300 metros a partir da residência do paciente. Se o resultado for positivo, é feito um segundo bloqueio.
O trabalho é fundamental na erradicação do vírus, diz o diretor, já que é quase impossível eliminar totalmente o mosquito, mas apenas manter a população em índices baixos. Com menos, mosquito e ausência do vírus, a doença estará sob controle, analisa.
ÍNDICES BAIXOS, MAS PREOCUPANTES – Atualmente os índices são considerados baixos, mas ainda preocupantes. Por isso, a Vigilância deve fazer novo levantamento nas próximas semanas para sentir o reflexo das chuvas recentes sobre a infestação.
Em janeiro a infestação chegou a 6,2%, caindo para 4,2 na coleta seguinte. O índice tolerável pela Organização Mundial de Saúde é de até 1%.
O problema é que para acabar com o mosquito, será preciso participação de toda a comunidade. Fadel lembra que a função dos agentes de saúde é orientar, fiscalizar e notificar práticas incorretas. No entanto, as pessoas confundem, atribuindo aos agentes a função de limpar casas e quintais. “Isso é por conta do morador”, reforça.
Para dar novos instrumentos de fiscalização, a Vigilância estuda propor mudanças na lei que prevê multa para quem negligenciar a limpeza dos quintais. O texto atual esbarra na burocracia, aponta, complementando que as mudanças não estão definidas.
O certo é que há muito lixo em locais irregulares, incluindo ruas e terrenos baldios. Todo mês a Vigilância recolhe cerca de 50 mil quilos de lixo, sem contar pneus, móveis e uma infinidade de utensílios que podem acumular água e, por consequência, ajudar no desenvolvimento do mosquito. São recolhidos uma média de 300 pneus por mês.
Fadel aconselha que as pessoas coloquem o lixo para que seja recolhido. Caso contrário, é mais produtivo pedir auxílio à Vigilância, mas nunca colocar em local inadequado.
EDUCAÇÃO – Uma das frentes definidas pela Vigilância é investir na educação. Para tal, conta com a ajuda de parceiros, liberando a equipe para o trabalho técnico. O Conselho de Combate à Dengue está com nova formação e será oficializado nos próximos dias. A partir, daí, a Vigilância vai propor uma série de ações, antecipa.
A cidade possui 49 agentes de saúde. O ideal é manter 55 profissionais, aponta, lembrando que as contratações dependem de trâmites burocráticos e de limites orçamentos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. O Ministério da Saúde preconiza um agente para mil imóveis. Fadel considera ideal um profissional para cada 800 imóveis, fazendo frente ao aumento constante do número de residências.