Filho de pioneiro fala do início do Sumaré

Em 1949 chegava ao Distrito de Sumaré a família de Benedito Dal Ponte. Na época, Juarez Dal Ponte (o filho) tinha apenas nove meses e, segundo as histórias contadas por seus pais, foram os primeiros habitantes. Até então só havia mato.
O poço de água mais próximo ficava a quilômetros de distância e a energia elétrica somente com gerador. Benedito faleceu há 30 anos e ficou imortalizado com a honraria de ser o nome da Praça em frente da Igreja.
Hoje com 65 anos, Juarez se recorda da antiga escola de madeira onde estudou. Lá, uma professora lecionava para 40 alunos, que muitas vezes iam descalços. A energia elétrica instalada e a água encanada chegaram ao Distrito na década de 1960. O asfalto demorou um pouco mais e chegou nos anos de 1970.
O filho do pioneiro afirma que na época das plantações de café a Avenida principal tinha congestionamento de carroças. Eram pessoas que trabalhavam nas plantações e vinham para a “cidade” fazer suas compras. “Carro era artigo de luxo e custava muito para comprá-lo e para mantê-lo. As pessoas vinham com as charretes para fazer suas compras”, recorda-se.
Juarez relembra que era criança quando ajudou os moradores do distrito a limpar o local onde seria feito o campo de futebol. O campo existe até hoje. Ele também trabalhou na construção da Igreja e seu irmão foi a primeira criança que nasceu no bairro.
Dal Ponte, que vivenciou grande parte da história do distrito, vê o presente com entusiasmo e projeta um futuro com otimismo. “No passado o Sumaré tinha muito movimento. Com a geada, perdemos habitantes e nossa economia encolheu. Hoje vivemos um momento especial e acredito que os novos loteamentos trarão dias melhores”, disse.