Ninguém vai mais subestimar Neymar, diz “NYT”

SÃO PAULO (Folhapress) – O jornal americano "New York Times" destacou a exibição do atacante Neymar na vitória por 3 a 0 sobre a Espanha que valeu o título da Copa das Confederações para o Brasil, no domingo, no Rio. "Seu companheiro Fred fez dois gols no triunfo. Mas a noite foi de Neymar. Ninguém vai mais subestimá-lo", publicou o "NYT" ontem.
O diário lembra que a habilidade do atacante do Barcelona ainda era questionável antes do torneio, mas o jogador "liderou o Brasil na vitória por 3 a 0 e foi, indiscutivelmente, a estrela do seu time na Copa das Confederações".
Na Espanha, o jornal esportivo "Mundo Deportivo", de Barcelona, também destaca o novo reforço do clube catalão: "Neymar se coroa", diz a manchete do jornal. Fala ainda em um "Neymar deslumbrante".
O "Sport", também de Barcelona, foi outro que exaltou o ex-atacante do Santos. "Campeão Neymar", destaca o jornal, que lembrou ainda que o jogador foi eleito o melhor atleta da Copa das Confederações.
Já os dois principais jornais esportivos do país, o "Marca" e o "As", projetam uma revanche contra o Brasil no Mundial de 2014. Os dois periódicos usam a expressão "voltaremos" nas manchetes das edições de ontem.
"Espanha naufraga no Maracanã e se encontra com o Brasil no Mundial 2014. Voltaremos…", titula o "Marca". "Espanha foi varrida pelo Brasil, mas como disse Macarthur… Voltaremos", diz o "As" em sua manchete, que cita ainda Neymar, ao dizer que o jogador "confirmou na Copa das Confederações a sua condição de estrela mundial".
No "Corriere dello Sport", da Itália, o goleiro Buffon ganhou destaque pelas três defesas de pênalti contra o Uruguai, na disputa do terceiro lugar, mas a maior foto na capa do periódico é justamente de Neymar, chamado de mágico. O jornal diz ainda que "o Brasil humilhou a Espanha".
O também italiano "La Gazzetta dello Sport" afirma que é um "Brasil já mundial", em alusão à Copa do Mundo de 2014.

Brasil vai ter que encarar maldição das Confederações na Copa
Depois de comemorar o título da Copa das Confederações em pleno Maracanã, no domingo, diante da Espanha, atual campeã mundial, a seleção brasileira terá que superar um desafio inédito, uma maldição que persegue o campeão do torneio.
Em 21 anos das Confederações, nunca o vencedor conseguiu conquistar a Copa do Mundo seguinte.
Quem chegou mais perto do feito foi justamente o Brasil, que venceu em 1997 e foi vice-campeã no Mundial da França, um ano depois.
Nas outras duas vezes em que chegou à Copa como "dono" das Confederações (em 2005 e 2010), o Brasil não passou das quartas de final.
No Mundial anterior, em 2002, a França amargou um dos maiores fiascos de sua história. Vencedor da Copa das Confederações de 2001, foi eliminado na primeira fase sem marcar um gol sequer no campeonato.
O roteiro de insucesso é o mesmo de Argentina (campeã em 92; décimo na Copa de 94), Dinamarca (campeã em 95; 10º em 98) e México (campeão em 99; 11º em 2002).
Disputada a cada quatro anos, a Copa das Confederações tem o status de prévia da Copa do Mundo. Desde 2001 é realizada no mesmo país do Mundial, sempre um ano antes.

FINAL – Brasil 3×0 Espanha
Equipes:
BRASIL – Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Fred (Jô) e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari
ESPANHA – Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Torres (Villa) e Mata (Jesús Navas). Técnico: Vicente del Bosque
Estádio: Maracanã, no Rio. Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda).
Gols: Fred, a 1min, e Neymar aos 44min do primeiro tempo. Fred, aos 2min do segundo tempo