Prefeito fala em “trégua” e motoristas pedem redução no número de quebra-molas

Preocupado com o indicativo de greve dos motoristas do transporte coletivo urbano em Paranavaí, o prefeito Rogério Lorenzetti recebeu, ontem, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Maringá, que tem subsede na cidade, para ouvir as reivindicações da categoria e tentar mediar a situação.
“Embora esta seja uma negociação que deva acontecer entre o sindicato e a empresa, o município tem todo interesse na situação uma vez que diz respeito a um serviço de utilidade pública. Queremos colaborar para que haja um consenso rápido, sem interrupção dos serviços de transporte para a população”, ponderou Rogério.
O prefeito defendeu ainda que o resultado das negociações não pode provocar nenhuma alteração no valor da tarifa praticada atualmente e propôs aos representantes do sindicato que as intenções de greve foram paralisadas até segunda-feira, quando foi marcada uma nova reunião com representantes da empresa, do sindicato e o prefeito.
O advogado representante do sindicato, Dr. André da Silva, frisou que há uma vontade da categoria de entrar em consenso com a empresa. “Nenhum dos trabalhadores quer prejudicar o serviço de transporte para a população e nem é do interesse do sindicato provocar nenhum aumento na tarifa para ter suas reivindicações atendidas. Viemos aqui pedir a mediação do prefeito para que possamos resolver a situação de maneira que seja justo para todos”, concluiu.

Motoristas expõem “problemas” em Paranavaí
Os motoristas e representantes do sindicato aproveitaram a reunião para expor dois problemas com relação ao trânsito em Paranavaí: o excessivo número de quebra-molas nos trajetos feitos pelos ônibus, e a falta de respeito dos motoristas que estacionam nos pontos de parada, dificultando o acesso dos ônibus para o embarque e desembarque de passageiros.
“Nós gostaríamos de pedir uma atenção especial na fiscalização com relação aos veículos que estacionam nas paradas dos ônibus. Quando um carro está lá no local errado, os ônibus são obrigados a parar em fila dupla, causando muito transtorno para o trânsito. A Rua Amapá, próximo à Praça da Xícara, é o pior local. E com relação aos quebra-molas, acreditamos que deva ser feito um estudo para reavaliar a quantidade de redutores de velocidades em algumas ruas. A Rua Takeshi Mitshuyashi, por exemplo, tem nove quebra-molas num trajeto de 1.000 metros”, apontaram os motoristas.
Com relação à fiscalização, o prefeito Rogério delegou ao diretor da Ditran uma atenção especial aos casos de motoristas que estacionam nas paradas de ônibus e lembrou que a Rua Amapá, onde está concentrada maior parte do problema, deve entrar para o sistema binário nas próximas semanas, desafogando o trânsito naquela região.
“Já os quebra-molas são realmente uma questão muito grave em Paranavaí. O Ministério Público já pediu uma reavaliação e já estamos fazendo este levantamento para acabar com o excesso nas vias da cidade”, afirmou Lorenzetti.