Sesi atrai mais de 600 pessoas em evento sobre prevenção ao uso de álcool e drogas no trabalho
CURITIBA – Um painel com o psiquiatra e escritor Augusto Cury, o advogado e administrador Wolnei Ferreira, e o jornalista Ruy Castro, sobre o tema “Álcool e Drogas no Trabalho: O que fazer?”, abriu o 1º Encontro Cuide-se+, quarta-feira, em Curitiba.
O evento reuniu mais de 600 pessoas, entre professores, profissionais de Recursos Humanos e empresários de todo o Estado, inclusive de empresas de grande porte, como Wolskwagen, Bosch e Petrobrás.
“Este é um passo importante que o Sesi no Paraná está dando e, quando percebemos a grande presença aqui, hoje, de empresas preocupadas com o que está acontecendo nas famílias, com relação ao álcool e drogas, comprovamos que essa iniciativa tem eco”, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Na abertura do painel, cada um dos especialistas falou sobre suas experiências com relação ao tema e depois responderam às perguntas da plateia.
O psiquiatra Augusto Cury salientou a importância de trabalhos de prevenção e tratamento terem continuidade. “Atitudes pontuais não dão resultado”, afirmou. Ele também explicou a relação entre a chamada Síndrome de Pensamento Acelerado, comum na população atual, e o risco da dependência química.
“O excesso de informações, que é uma característica hoje da nossa sociedade, desencadeia essa síndrome e faz com que a pessoa busque constantemente novos estímulos para conseguir satisfação”, explicou Cury, alertando que um desses estímulos pode ser justamente o álcool ou outras drogas.
O advogado Wolnei Ferreira chamou a atenção pelo fato de não existir ainda uma legislação mais específica que cuide dessa problemática. “Na atual legislação, que já tem 70 anos, só se pensou na penalização desses aspectos e não na prevenção do uso de álcool e drogas”, observou, destacando que a questão só teve avanços quando a dependência química começou a ser tratada como doença, a partir da recomendação da Organização Internacional do Trabalho – OIT.
O jornalista Ruy Castro falou sobre sua própria experiência como dependente de álcool. “Eu sou um alcóolatra que está há 25 anos sem beber. E não posso beber nada, porque não se deixa de ser alcóolatra. Da mesma maneira que um diabético pode se abster de açúcar, mas nunca vai deixar de ser diabético”, enfatizou. E atentou para o fato de ter tido uma família estruturada, com conforto, bons amigos, bons empregos e muito afeto. “Eu não tinha nenhum “problema” , mas tudo isso não foi suficiente para evitar que eu caísse no vício. Eu não bebia porque tinha problemas; o problema era o fato de eu beber”, disse Castro, alertando que não existe um perfil de pessoa que esteja isenta do risco da dependência.
Respondendo a uma das perguntas da plateia, Castro desmistificou a suposta relação que haveria entre o uso de substâncias químicas e a criatividade do ser humano. “Esse mito vem do fato de algumas personalidades geniais terem tido algum vício. Mas é uma mentira. As pessoas são geniais por si só e seriam ainda mais criativas e teriam resultados muito superiores em seu trabalho se não usassem álcool ou drogas. Essa é a visão romântica que se tem ainda sobre o vício”, enfatizou.
Durante o evento, aconteceu também o lançamento do portal Cuide-se+, uma contribuição do Sistema Fiep para o processo de educação e prevenção ao uso de álcool e drogas. O conteúdo, dividido em oito eixos de atuação, traz várias dicas de saúde e qualidade de vida, e o portal está disponível no endereço: www.sesipr.org.br/cuide-se+
O evento reuniu mais de 600 pessoas, entre professores, profissionais de Recursos Humanos e empresários de todo o Estado, inclusive de empresas de grande porte, como Wolskwagen, Bosch e Petrobrás.
“Este é um passo importante que o Sesi no Paraná está dando e, quando percebemos a grande presença aqui, hoje, de empresas preocupadas com o que está acontecendo nas famílias, com relação ao álcool e drogas, comprovamos que essa iniciativa tem eco”, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Na abertura do painel, cada um dos especialistas falou sobre suas experiências com relação ao tema e depois responderam às perguntas da plateia.
O psiquiatra Augusto Cury salientou a importância de trabalhos de prevenção e tratamento terem continuidade. “Atitudes pontuais não dão resultado”, afirmou. Ele também explicou a relação entre a chamada Síndrome de Pensamento Acelerado, comum na população atual, e o risco da dependência química.
“O excesso de informações, que é uma característica hoje da nossa sociedade, desencadeia essa síndrome e faz com que a pessoa busque constantemente novos estímulos para conseguir satisfação”, explicou Cury, alertando que um desses estímulos pode ser justamente o álcool ou outras drogas.
O advogado Wolnei Ferreira chamou a atenção pelo fato de não existir ainda uma legislação mais específica que cuide dessa problemática. “Na atual legislação, que já tem 70 anos, só se pensou na penalização desses aspectos e não na prevenção do uso de álcool e drogas”, observou, destacando que a questão só teve avanços quando a dependência química começou a ser tratada como doença, a partir da recomendação da Organização Internacional do Trabalho – OIT.
O jornalista Ruy Castro falou sobre sua própria experiência como dependente de álcool. “Eu sou um alcóolatra que está há 25 anos sem beber. E não posso beber nada, porque não se deixa de ser alcóolatra. Da mesma maneira que um diabético pode se abster de açúcar, mas nunca vai deixar de ser diabético”, enfatizou. E atentou para o fato de ter tido uma família estruturada, com conforto, bons amigos, bons empregos e muito afeto. “Eu não tinha nenhum “problema” , mas tudo isso não foi suficiente para evitar que eu caísse no vício. Eu não bebia porque tinha problemas; o problema era o fato de eu beber”, disse Castro, alertando que não existe um perfil de pessoa que esteja isenta do risco da dependência.
Respondendo a uma das perguntas da plateia, Castro desmistificou a suposta relação que haveria entre o uso de substâncias químicas e a criatividade do ser humano. “Esse mito vem do fato de algumas personalidades geniais terem tido algum vício. Mas é uma mentira. As pessoas são geniais por si só e seriam ainda mais criativas e teriam resultados muito superiores em seu trabalho se não usassem álcool ou drogas. Essa é a visão romântica que se tem ainda sobre o vício”, enfatizou.
Durante o evento, aconteceu também o lançamento do portal Cuide-se+, uma contribuição do Sistema Fiep para o processo de educação e prevenção ao uso de álcool e drogas. O conteúdo, dividido em oito eixos de atuação, traz várias dicas de saúde e qualidade de vida, e o portal está disponível no endereço: www.sesipr.org.br/cuide-se+