Pecuaristas devem aproveitar manejo de vacinação para imunizar contra outras doenças

De 1º a 30 de maio, período em que acontece no Paraná a primeira etapa da campanha estadual de vacinação dos rebanhos bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, pecuaristas poderiam aproveitar o manejo dos animais para imunizá-los contra outras doenças e fazer a aplicação de vermífugo.
A recomendação é do coordenador comercial de pecuária da Cocamar, Clóvis Aparecido Domingues. Segundo ele, há outras patologias que exigem cuidados e poderia ser prevenido, como o carbúnculo sintomático, que ocorre principalmente em animais jovens.
Também chamado de “manqueira”, o carbúnculo tem como agente o Clostridium chauvoei, bactéria anaeróbica, formadora de esporos, presente no meio ambiente.
“Desmifugar é outra medida a ser feita agora”, comenta Domingues, que orienta os pecuaristas interessados a buscarem mais informações junto aos profissionais nas unidades da cooperativa.
Sobre a aftosa, os criadores devem vacinar em maio somente os animais de zero a 24 meses de idade. No mês de novembro, quando da segunda etapa, todo o rebanho precisa receber a dose.

TEMPERATURA – O coordenador orienta também para o fato de que as vacinas devem ser mantidas a uma temperatura entre 3 e 8 graus centígrados, sob pena de perderem eficácia.
“Por isso é fundamental adquirir o produto somente de fornecedores idôneos”, acrescenta. Uma falha no fornecimento de energia elétrica lembra Domingues, pode provocar a perda da vacina. “Na Cocamar o monitoramento das geladeiras é permanente, havendo inclusive sensores para evitar oscilação”, cita.

AGULHAS – Clóvis Domingues ressalta, ainda, a importância de o pecuarista efetuar a substituição das agulhas a cada dez animais vacinados e orientar-se sobre a adequada bitola das mesmas. “Se for pequena, por exemplo, pode ocasionar o refluxo da dose”, justifica. (Flamma)

Paraná inicia vacinação de 4,4 milhões de bovinos e bubalinos contra aftosa
O Governo do Paraná lança a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa na terça-feira (30). Para os produtores, a vacinação começa na quarta-feira (1º) e se estende até o dia 31.
A vacinação, nesta etapa, é obrigatória para aproximadamente 4,4 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade, o que corresponde a 46% do rebanho atual do Estado, estimado em 9,5 milhões de animais.
Até o final deste período o produtor deve efetivar a compra, aplicação e comprovação da vacinação do seu rebanho. Na segunda etapa, em novembro, é obrigatória a vacinação para 100% do rebanho.

SISTEMA – Para tornar o processo de comprovação da vacina obrigatório a todos os produtores, a partir deste ano, a Adapar oferece sistema online de cadastro. Pela internet será possível declarar informações do rebanho, como a quantidade de animais existentes e vacinados, a quantidade de doses aplicadas, o laboratório em que a vacina foi adquirida e a sua validade.