Funcionários da Ciretran de Paranavaí também em greve

A maioria dos funcionários da 14ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito), em Paranavaí, aderiu a greve iniciada ontem no Detran do Paraná. Dos 12 funcionários de carreira, dez cruzaram os braços, mantendo apenas os serviços considerados essenciais. Quatro estagiários trabalharam normalmente.
Mesmo com a paralisação, o dia foi considerado tranquilo na unidade, com atendimento dentro da normalidade, definiu um funcionário. A expectativa fica para segunda-feira, quando o movimento deverá ser maior. A média de atendimentos é de 200 pessoas ao dia.
Os serviços essenciais mantidos são: liberação de veículos apreendidos; processos de veículos que envolvam serviços essenciais e emergenciais; 1º registro de veículos; exames práticos para processo de 1ª habilitação que estejam encerrando em trinta dias; recebimento e devolução de CNH suspensa; renovação de CNH vencida há mais de 30 dias.
O Sindicato dos Servidores do Detran do Paraná distribuiu informativo enumerando as razões da greve. Dentre elas, reajuste salarial. Também reclamam do aumento das taxas, citando o exemplo da transferência de veículo. Em 2011 o valor era R$ 77,47, subindo para 182,40, conforme decisão governamental.
Os grevistas querem, entre outros pleitos: pagamento dos encargos especiais regulamentado e reajustado; novo concurso; melhoria no espaço físico e condições de trabalho; criação de um quadro próprio.

Justiça decreta ilegal greve dos servidores do Detran

A assessoria de imprensa do Detran informou no final da tarde de ontem que o Tribunal de Justiça do Paraná considerou a greve ilegal. O parecer do desembargador Leonel Cunha considerou que a diretoria do Detran manteve o diálogo com o sindicato de funcionários, vinha cumprindo os acordos firmados e que a assembleia que levou à paralisação não respeitou as formalidades necessárias.
Assim, ficou determinado pelo relator do processo a cessação imediata da manifestação, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil, em caso de descumprimento. “Por todas essas razões e, principalmente, visando resguardar o interesse da população, o caso é de antecipação dos efeitos da tutela a fim de reconhecer a ilegalidade da greve”, diz o texto julgamento.
A diretoria do Detran informa que os usuários que foram de alguma forma prejudicados pela paralização, impedidos de realizar exames previamente agendados terão as provas remarcadas sem qualquer tipo de custo ou prejuízo e devem procurar a unidade do Detran mais próxima para dar continuidade ao processo.