Controle regional do psilídeo será de 1º a 6 de abril
De 1º a 6 de abril a Cocamar organiza nos pomares de laranja em toda a região de atuação da cooperativa o manejo coletivo do psilídeo, inseto transmissor da bactéria que provoca o greening.
Neste período, todos os citricultores devem fazer o controle do inseto com aplicações de inseticidas, conforme a recomendação técnica de seu engenheiro agrônomo. A ação conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Seab/Adapar).
AVANÇOS – Segundo o engenheiro agrônomo da Cocamar, Sérgio Lemos, que atua na região de Paranavaí, o controle do greening em áreas extensas ou abrangendo todas as propriedades de uma região, com ações coordenadas, conjuntas e simultâneas de manejo é um dos maiores avanços, tanto no controle do vetor, como na redução do inoculo de greening.
“O manejo regional da doença começa pelo reforço da fiscalização e da conscientização dos citricultores para que todos eliminem suas plantas doentes e passa pelo controle coletivo do psilídeo”, afirma Sérgio. O agrônomo comenta que essa é a forma de aumentar o período entre as reinfestações dos pomares e melhorar a eficiência do controle, prática comprovada por inúmeras pesquisas.
VETOR – Quando o controle do inseto, que pode se disseminar a longas distâncias é feito apenas em uma propriedade, mas o vizinho não tem o mesmo cuidado, este migra de um lado para o outro demandando constantes aplicações de inseticidas. O controle regional e coordenado do psilídeo elimina os refúgios para criação do vetor na região e, aliada a eliminação regional das plantas doentes, faz com que mesmo havendo o inseto na região, os mesmos não tenham onde adquirir a bactéria.
Outras práticas importantes recomendadas são o plantio de áreas extensas e contínuas sob um mesmo manejo, o controle mais intensivo do inseto nas bordas dos talhões e periferia das propriedades e a organização e ampliação dos grupos voluntários de controle regional do psilídeo.
“Se quisermos ter uma citricultura sadia e rentável no futuro, enquanto aguardamos o desenvolvimento e produção de variedades comerciais resistentes ou tolerantes à doença, é essencial que a prática do manejo regional do greening seja difundida, assimilada e realizada por todos os citricultores”, ressalta Sérgio. (Flamma)