Facilidade de transmissão da tuberculose preocupa profissionais de saúde

De acordo com índices do Ministério da Saúde, estima-se que 61 pessoas que moram em Paranavaí têm tuberculose.
Trata-se de uma infecção bacteriana transmitida pelas gotículas de saliva expelidas pela tosse ou pelo espirro, e é exatamente por causa da facilidade de contaminação que a doença preocupa profissionais de saúde.
E a preocupação ganha forças às vésperas do Dia Mundial da Tuberculose (24 de março).
Para identificar os sintomáticos respiratórios, que são as pessoas que apresentam sinais da tuberculose, agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem e enfermeiros da rede municipal de Saúde estão passando por uma capacitação.
As orientações são dadas pela equipe do Sistema Integrado de Atendimento em Saúde (Sinas), com o objetivo de intensificar a conscientização dos moradores sobre os riscos da tuberculose que pode, inclusive, levar o paciente à morte.
A coordenadora do Sinas, Marielza Sestário Pinheiro, afirma que é preciso interromper a cadeia de transmissão da tuberculose. Por isso, o trabalho dos agentes comunitários de saúde é fundamental, uma vez que eles têm contato direto com a maior parte da população.
A busca ativa de possíveis doentes tem impacto direto na redução da incidência da doença em longo prazo. Para que os resultados sejam alcançados, o papel dos agentes comunitários de saúde será conversar com os moradores e perguntar se alguém da família apresenta os sinais de tuberculose.
O médico Michel Luiz Spigolon Abrão, que atende os pacientes do Sinas, aponta os principais sintomas da doença. Tosse por três semanas ou mais, febre rotineira no final da tarde, suor noturno, perda de apetite e perda de peso.
De acordo com ele, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais rápido e eficiente será o tratamento. O tempo mínimo para a recuperação do paciente é de seis meses, mas pode chegar a um ano e meio, considerando, também, a predisposição de quem tem tuberculose para aceitar o tratamento.
Todas as pessoas que mantêm contato com os doentes estão sujeitas à contaminação, mas alcoolistas e usuários de drogas estão mais suscetíveis. Segundo informações do Sinas, a maioria dos pacientes com tuberculose é formada por homens adultos.