Confirmados mais oito casos de dengue

A Vigilância em Saúde confirmou ontem mais oito casos de dengue em Paranavaí. Com isso, são 23 neste ano, a maioria verificada a partir do mês de novembro. Os casos evoluíram bem e não há pessoas internadas com a doença na Santa Casa.
Os casos são espalhados por vários bairros da cidade. Diretor da Vigilância, Décio Monteiro confirma a incidência nos Jardins Ipê, Alvorada, São Jorge, Prudente e Prudêncio, além do centro da cidade, em vias como a Getúlio Vargas, Minas Gerais e Edson Martins.
Para fazer o enfrentamento, a Vigilância vem adotando o procedimento padrão – chamado bloqueio. Quando há notificação de caso suspeito, é feito o bloqueio nos quarteirões próximos da casa do paciente. O procedimento consiste em passar veneno para matar o mosquito adulto e com isso evitar que transmita a doença. A transmissão se dá da pessoa para o mosquito, que por sua vez retransmite para outra pessoa.
Com o trânsito intenso de pessoas da região entre as cidades, aumenta a preocupação com um surto. O Natal é época propícia para viagens, o que ajuda a levar e a trazer a doença. O tráfego intenso entre as cidades permanece pelo menos até o Carnaval. No caso de Paranavaí ele é continuado por conta de centralizar muitos produtos e serviços.
SEM TOLERÂNCIA – Como estratégia de enfrentamento à doença, o Comitê de Combate à Dengue autorizou o aperto no rigor para quem descuida dos quintais e deixa água parada. Uma vez confirmada, em teste laboratorial, a presença da larva no quintal, o morador recebe multa de R$ 200,00. A multa dobra na reincidência, quantas vezes a negligência foi constatada.
Desde o início deste mês, quando o esforço foi anunciado, a Vigilância já multou 21 moradores. O maior número de foco está nas residências – 43% do total encontrado na cidade.
CONSCIÊNCIA – Enquanto o risco de um novo surto de dengue aumenta, muita gente continua despreocupada, contribuindo para o acúmulo de lixo e sujeira nas ruas. A imagem que ilustra esta matéria foi feita ontem à tarde pelo fotógrafo Fabiano Fracarolli. Mostra o lixo e o entulho espalhados pela Rua Amador Aguiar, no Jardim Ipê. Uma situação que precisa mudar ou pouco poderá ser feito para enfrentar a doença.