De motorista de jardineira a fazendeiro, exemplo de trabalho

Para seus filhos Ailton, Sidney e Élio, o pai Antonio Salvador foi um exemplo de trabalho. De motorista de ônibus – a quem chamavam de “jardineira” nos anos 1950 – ele formou os três filhos e adquiriu duas propriedades rurais na região de Paranavaí, com total dedicação até falecer.
Antonio Salvador era filho do casal Rosa Balduíno Salvador e Augusto Salvador, natural de Lençóis Paulista, onde nasceu em 30 de maio de 1927. Faleceu em Paranavaí em 06 de junho de 1998.
Casou-se com Cynira Ferraz Salvador e teve três filhos: Ailton, médico-veterinário casado com Marilda Augusta Zanatta Salvador (o casal temos filhos Tatiany Zanatta Salvador e Tiago Antonio Zanatta Salvador); Sidney José Salvador, médico ginecologista em Curitiba, casado com Valquíria Fragoso Salvador (filhos do casal: Bruno Fragoso Salvador, Guilherme Fragoso Salvador e Francine Fragoso Salvador) e Élio Ferraz Salvador, médico clínico geral em Mamborê-PR, casado com Neide dos Santos Salvador (filhos: Élio Ferraz Salvador Filho, Diogo dos Santos Salvador e Larissa dos Santos Salvador).
Antonio viveu em sua terra natal em S. Paulo até os 13 anos de idade. Mudou-se para o Paraná, fixando-se em Londrina, em 1940. Foi chofer de caminhão e motorista de ônibus (Viação Garcia, com sede em Londrina). Em 1954 transferiu-se com a família para Paranavaí e permaneceu por 12 anos na Fazenda Santa Rosa, que pertencia a seu pai. Como recompensa por quatro anos de trabalho, seu pai lhe doou 10 alqueires de terras e Antonio começou sua vida prática, ultrapassando os mais duros obstáculos. Mudando-se do sítio para a cidade – Rua Pernambuco, 195 – no decorrer dos anos Antonio adquiriu todas as áreas de terras dos seus irmãos, totalizando 50 alqueires. A seguir organizou a Fazenda Santa Rosa, situada a 10 km de Paranavaí, dedicando-se à pecuária, e também à Fazenda São Pedro, situada em Amaporã, com 182 alqueires.
De 1954 até 1975, por ocasião da grande geada de julho desse ano, dedicava-se ao plantio de café, numa proporção de 100 mil pés, mas, com as terríveis geadas que dizimaram as plantações no Paraná, nos anos 1955, 1963, 1969 e 1975, resolveu cuidar do seu gado.
Participou ativamente da vida social da cidade, como sócio do Clube Campestre e do Atlético Clube Paranavaí.
“Os filhos aprenderam muito com o pai – diz Ailton, destacado médico-veterinário paranavaiense – que sempre se sentiu feliz por ter ajudado a construir Paranavaí como cidade do futuro e do seu coração. Aqui, com muito esforço, adquiriu tudo. Desfrutava de grande prestígio em todas as classes sociais e agrícolas do Município, graças ao seu espírito clarividente que tanto dignifica e perpetua a sua marcante personalidade. Sempre no afã de progredir, respeita em toda plenitude os seus sacrossantos ideais de brasilidade. Antonio Salvador era de uma inquebrantável firmeza em todos os seus atos, razão porque lhe devotamos um respeito profundo”, comenta o filho, Ailton.
A viúva Cynira Ferraz Salvador ainda reside em Paranavaí.