Desoneração tributária pode ser solução para dificuldades no setor alcooleiro
De acordo com Tranin, ao abastecer o carro com etanol, o consumidor paga R$ 0,40 de impostos. Em Paranavaí, por exemplo, a média de preços nas bombas de combustíveis é de R$ 1,86, segundo números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os preços elevados têm reflexo direto na relação entre oferta e procura, conforme Tranin explicou. “Apenas 30% dos carros com motor bicombustível são abastecidos com etanol”.
Outro fator desfavorável está nas condições climáticas. O presidente da Alcopar disse que o Paraná é o estado brasileiro mais afetado pela crise do setor. Por três anos consecutivos o território paranaense enfrentou secas e geadas intensas, o que comprometeu a produção de cana de açúcar. “Tivemos a menor produtividade do país”, apontou.
Este cenário está preocupando produtores e empresários do setor alcooleiro, e requer medidas urgentes para evitar que os prejuízos sejam ainda maiores. O assunto foi um dos temas discutidos ontem, em Paranavaí, durante reunião do Conselho Diretor da Alcopar. Representantes de 30 usinas, associações e sindicatos do Paraná participaram do encontro.
Entre as propostas da Alcopar está a reivindicação de corte nos impostos, a exemplo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e eletrodomésticos da linha branca. Tranin disse que na quinta-feira esteve em Brasília, onde conversou com a Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann sobre o assunto. Agora pretende levar o pleito até o governo do estado, para buscar apoio para o setor.
#IMG02Palestra sobre Código Florestal
Na manhã de ontem, durante reunião do Conselho Diretor da Associação de Produtores de Bionergia do Estado do Paraná (Alcopar), a advogada Samanta Pineda ministrou uma palestra sobre o novo Código Florestal, aprovado em maio deste ano.
Ela defendeu que o Brasil é um dos poucos países do mundo a desenvolver a agricultura sustentável, dizendo que as políticas de preservação ambiental estão entre as mais completas do mundo.
Segundo Samanta, 65% do território nacional estão cobertos por vegetação nativa, 23% por pastagens, 7% são destinados à produção agrícola, e 4% representam os limites urbanos. Ela também falou sobre as áreas de preservação permanente, as reservas legais e as áreas de uso restrito. (RS)