Fiep reúne lideranças para discutir a regulamentação da Lei Estadual de Inovação

CURITIBA – Na semana em que os deputados paranaenses aprovaram, na íntegra e por unanimidade, o texto da Lei Estadual de Inovação, enviado à Assembleia Legislativa no fim de agosto pelo governador Beto Richa, lideranças empresariais, sindicais e acadêmicas que compõem o Conselho Temático de Política Industrial, Inovação e Design, criado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), se reuniram para discutir uma forma de contribuir com a sua regulamentação.
O objetivo é garantir que a Lei resulte em maior competitividade para as empresas e, consequentemente, em benefícios para a sociedade.
O Paraná é o décimo sétimo estado a aprovar uma lei de incentivo a inovação. Com ela, empresas e empreendedores inovadores poderão receber incentivos para incrementar produtos e processos e, assim, aumentar a competitividade da atividade empresarial do Estado.
“O Paraná tem alto índice de empreendedores inovadores. Porém, está atrasado no que diz respeito às políticas públicas de incentivo a inovação”, comenta o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
A Lei Estadual de Inovação, segundo Campagnolo, contempla três importantes pontos para contribuir com o desenvolvimento sustentável e o aumento da competitividade do Estado. “O texto prevê ações que vão aproximar universidades e institutos de ciência e tecnologia das empresas, além disso, vai promover a abertura de editais de fomento para injetar recursos, principalmente, nas pequenas empresas, e permitir que o Estado invista diretamente nas empresas por meio da criação de um fundo estadual, a fim de incentivar e acelerar o processo de inovação nas empresas. Esse contexto é bastante favorável para o desenvolvimento sustentável do Estado”, explica Campagnolo.
De acordo com o coordenador do Conselho Temático da Fiep, Rodrigo Martins, a lei só trará resultados efetivos se atender as pequenas empresas. “Precisamos criar mecanismos de regulação para garantir de fato que a lei beneficie, principalmente, as pequenas empresas, que são as maiores geradoras de emprego atualmente no Brasil, para que elas possam ser as promotoras da inovação”, diz.
Martins defende a importância da participação das organizações e da sociedade na regulamentação da Lei.
“O Conselho criado pela Fiep é heterogêneo e envolve empresas, sindicatos empresariais, institutos de ciência e tecnologia e universidades. Todos esses atores contribuem de forma direta com a promoção da inovação no Estado e, portanto, têm papel importante na aplicação prática da Lei”, explica.
Outras iniciativas, como o Fórum Futuro 10 Paraná, que reúne 17 entidades representativas no Estado, também compartilham da posição do Conselho criado pela Fiep. De acordo com gerente de inovação do Senai no Paraná, Filipe Cassapo, que também é membro do conselho do Fórum Futuro 10, o Paraná precisa aproveitar o momento em que a Lei foi aprovada para acelerar o processo de regulamentação a fim de transformar a iniciativa em resultados práticos e imediatos.
“A inovação é a chave para o desenvolvimento econômico justo e sustentável. Temos que compensar esse atraso tornando o nosso Estado uma referência em empreendedorismo e inovação”, finaliza.