Indústria do Paraná foi a que mais criou empregos em 2012

CURITIBA – O número de empregados na indústria do Paraná aumentou 1,5% em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Mais uma vez, o setor industrial paranaense aparece na contramão da média nacional, que teve queda de 1,6% no contingente empregado – a décima redução consecutiva.
No ano, a indústria paranaense acumula alta de 3% no número de vagas, enquanto no País houve redução de 1,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 estados.
Um dado que chama a atenção no levantamento do IBGE é que, no Paraná, a indústria de transformação tem participação de 25,6% no total de novos postos formais de trabalho abertos de janeiro a julho. Na média nacional, essa participação é de apenas 13,3%.
“Isso mostra que o Paraná vem criando empregos de qualidade superior à média nacional”, afirma o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço.
A indústria paranaense vem apresentando desempenho positivo na geração de empregos desde o ano passado. “Em julho, o Paraná teve o melhor desempenho entre os estados acompanhados, seguido de Minas Gerais, que também teve variação positiva no número de empregos. Todos os demais tiveram queda”, diz Lourenço.
O aumento no número de vagas na indústria paranaense em julho foi determinado pelos segmentos de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (32,5%), têxtil (13,3%), produtos químicos (8,3%), metalurgia (6,9%), minerais não metálicos (6,4%), alimentos e bebidas (5,7%), fumo (4,4%) e refino de petróleo e álcool (2,3%).
A renda proveniente dos salários na indústria cresceu 6,7% em julho, em relação a julho de 2011. Foi o segundo melhor índice do País, atrás da Bahia (10,2%). Na média nacional, houve crescimento de 2,5%.
O resultado paranaense foi decorrente a impulsão dos salários dos segmentos máquinas e aparelhos elétricos (43,0%), refino de petróleo (40,0%), fumo (14,5%), química (12,5%), máquinas e equipamentos (11,4%) e alimentos e bebidas (10,5%).
A indústria paranaense exibiu o melhor desempenho nacional em horas pagas (1,0% contra redução de -2,5% para o País). Apenas Paraná e Minas Gerais (0,9%) tiveram alta nesse item.