Implantação da Rede Mãe Paranaense é tema de encontro de profissionais

Mais de 50% das gestantes do Paraná começam a fazer o pré-natal no primeiro mês de gravidez. 82% das futuras mães realizam sete ou mais consultas.
Estes foram alguns números apresentados pela superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Márcia Huçulak, que esteve ontem em Paranavaí.
Na ocasião, ela conversou com representantes dos 28 municípios da região para tratar sobre a preparação das unidades hospitalares para a Rede Mãe Paranaense.
Um programa do governo estadual, a Rede Mãe Paranaense tem como princípios a classificação de riscos da gestante e a vinculação. O primeiro refere-se à identificação de fatores que possam ocasionar complicações durante a gravidez ou na hora do parto. O segundo princípio garante que a mulher saiba em que hospital terá o bebê.
As contratações de hospitais para a vinculação deverá acontecer em outubro ou novembro, segundo afirmou Márcia. Segundo ela, pelo menos 170 hospitais estarão habilitados para integrarem a Rede Mãe Paranaense. Atualmente 454 hospitais do Paraná fazem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 300 deles estão preparados para a realização de partos.
A superintendente de Saúde da secretaria estadual afirmou que todos os óbitos de mães e bebês durante ou imediatamente após o parto aconteceram nos hospitais. Significa que o controle dos fatores de risco ainda é falho. “60% das mortes infantis e 80% da mortalidade materna são evitáveis. Se a classificação do risco fosse mais efetiva, não aconteceriam”, destacou Márcia.
Na região de Paranavaí, a Santa Casa será o hospital habilitado para fazer partos mais complicados. Com o funcionamento pleno de 10 leitos neonatal, será possível atender 95% das gestantes e crianças. “A situação é bastante confortável em relação a algumas regiões do Paraná”, disse Márcia. O encontro com os profissionais de saúde aconteceu na sede da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí.