Vitória alivia pressão sobre Mano

ESTOCOLMO – No estádio em que ganhou seu primeiro título mundial, há 54 anos, a seleção brasileira começou ontem seu processo de reconstrução. No último jogo da Suécia no Rasunda, o Brasil venceu por 3 a 0, sem correr riscos. A seleção usou a base olímpica, reforçada por veteranos como Daniel Alves, David Luiz, Paulinho e Ramires.
O resultado alivia a pressão sobre o técnico Mano Menezes, que sofre grande pressão interna na CBF após a perda do ouro em Londres.
"Era importante darmos uma resposta forte, clara", afirmou Mano após o jogo. "Uma derrota [para o México, por 2 a 1] não pode apagar todo um trabalho que mostrou estar no caminho certo".
Após a partida, o presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que o momento é de "tranquilidade e serenidade". O cartola deu várias demonstrações públicas de apoio ao treinador, ao contrário de seu vice e braço direito, Marco Polo Del Nero.
Mano volta a convocar a seleção já na próxima quinta-feira, para os amistosos contra África do Sul e China, disputados em São Paulo e Recife, no início de setembro.
A seleção brasileira, de camisas azuis, como na final de 1958, se impôs sobre a Suécia, que sem Ibrahimovic, machucado, não ofereceu nenhuma resistência.
No primeiro tempo a seleção se preocupou basicamente em escapar da pancadaria.
Oscar sumiu um pouco da partida após levar uma pancada de Larsson na lateral do campo, em frente ao banco de reservas do Brasil.
E Neymar era o mais lúcido do time. O camisa 11 rodava pelos dois lados do gramado, voltava para buscar jogo, finalizava, lançava.
A maior parte do segundo tempo foi de monotonia, a ponto de a torcida passar mais tempo preocupada com "ola" do que em acompanhar o que se passava em campo.

SUÉCIA
Isaksson; Larsson, Granqvist, Olsson e Safari; Wernbloom, Wilhelmsson (Kacaniklic), Holmén, Elm (Svensson) e Toivonen; Berg (Hysén). Técnico: Erik Hamrén
 
BRASIL
Gabriel; Daniel Alves, David Luiz (Dedé), Thiago Silva e Alex Sandro; Rômulo, Paulinho (Sandro), Ramires e Oscar (Hulk); Neymar (Lucas) e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Mano Menezes
 
Estádio: Rasunda, em Estocolmo
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)
Gols: Leandro Damião, aos 31min do 1º tempo; Alexandre Pato, aos 40min e aos 44min do 2º tempo
Cartões amarelos: Larsson, Wernbloom e Thiago Silva
Público: 32.781 pagantes