Ideb de anos iniciais do ensino fundamental atinge meta de 2013
O Ideb é um indicador que avalia a qualidade da educação básica no país com base em dois critérios: os percentuais de aprovação dos alunos e o aprendizado dos estudantes, medido por meio de testes em matemática e português.
Em 2011, a nota dos anos iniciais do ensino fundamental foi 5, superando em 0,1 a nota prevista para 2013 (4,9). A meta deste ano era 4,6 – já alcançada em 2009. Em entrevista coletiva, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) destacou a redução das diferenças entre as regiões do país.
"Nós estamos reduzindo um pouco as assimetrias. Todas as regiões evoluíram, mas as regiões mais atrasadas cresceram mais aceleradamente", afirmou.
Todos os Estados conseguiram atingir as metas definidas para cada uma das unidades da federação. Apesar do resultado positivo, as diferenças regionais permanecem.
Nenhum Estado das regiões Norte e Nordeste, por exemplo, obteve uma nota igual ou superior à média nacional. Ceará e Tocantins foram os Estados que mais se aproximaram do Ideb nacional: ambos tiveram nota 4,9.
Por outro lado, todos os Estados do Centro-oeste, Sul e Sudeste superaram a média nacional. O melhor desempenho nessa etapa de ensino foi de Minas Gerais, com ideb 5,9. A nota é bem próxima da meta estipulada para os anos iniciais do fundamental em 2021: 6 – média que corresponderia a um sistema educacional de qualidade comparável à dos países desenvolvidos.
Outros Estados com bom desempenho são Santa Catarina (5,8) e São Paulo (5,6), além do Distrito Federal (5,7).
ANOS FINAIS – Nos anos finais do ensino fundamental, o Brasil também superou a meta deste ano, já alcançada em 2009. O Ideb nos anos finais dessa etapa (5º ao 9º ano) na rede pública de ensino foi 3,9. A meta para este ano era 3,7.
Seis Estados, entretanto, não conseguiram cumprir as metas individuais previstas para cada unidade da federação; Roraima, Pará, Amapá, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Sul.
Desses, três chegaram a ter o Ideb reduzido se comparado ao desempenho em 2009: Roraima, Amapá e Alagoas. Mato Grosso do Sul também registrou Ideb pior neste ano em comparação há dois anos.
Ensino médio público tem notas estagnadas em avaliação
Entre 2009 e 2011, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) do ensino médio da rede pública de ensino ficou estagnado – o que significa que não houve evolução significativa da qualidade da rede.
Os resultados do índice foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação. O Ideb é o indicador que avalia a qualidade do ensino básico no país com base em dois critérios: percentuais de aprovação e aprendizado dos alunos.
Em 2009, o Ideb das escolas de ensino médio da rede pública era de 3,4, o que correspondia à meta prevista para a rede dois anos depois, em 2011. Neste ano, entretanto, o índice permaneceu inalterado.
A média dos alunos do 3º ano do ensino médio público em português e matemática – disciplinas consideradas na avaliação – nos últimos dois anos ficou muito próxima. Em matemática, os alunos obtiveram pontuação de 265,38, numa escala de 0 a 500. Em português, foi de 261,38.
Esses resultados são obtidos por meio de uma amostra das escolas públicas de ensino médio – a maior parte delas pertence à rede estadual.
Rede particular
Apesar de a rede pública ter mantido o mesmo Ideb, o ensino médio como um todo – rede pública e privada – apresentou uma melhora: a nota dessa etapa de ensino saltou de 3,6 em 2009 para 3,7 em 2011.
Isso ocorreu pelo melhor desempenho das escolas particulares, que abrangem apenas 12% das matrículas no ensino médio.
Houve aumento na taxa de aprovação entre os alunos de particulares, além de melhora nas notas em português e matemática. Em língua portuguesa, o desempenho subiu de 310,16 para 312,75. Em matemática, a nota foi de 329,29 para 332,89.
O Ideb das particulares foi de 5,7.