Por 2º ouro, Brasil desafia favoritismo dos EUA

A um jogo de conquistar um histórico bicampeonato olímpico, a seleção feminina de vôlei do Brasil precisará superar seu principal algoz. Hoje, às 14h30, na quadra principal do complexo Earl’s Court, o time comandado por José Roberto Guimarães faz a decisão do ouro contra a seleção dos EUA.

O confronto é uma reedição da final de Pequim-2008, quando o Brasil superou as americanas e conquistou o inédito ouro de forma invicta. Desde então, a hegemonia se inverteu, e os EUA impuseram uma sucessão de vitórias sobre as brasileiras em torneios internacionais.

Nas últimas três edições do Grand Prix, as norte-americanas se sagraram campeãs, enquanto as brasileiras ficaram com o vice. Nos Jogos de Londres, a seleção dos EUA está invicta, só perdeu dois sets em sete jogos e foi o único time a vencer o Brasil -3 sets a 1, ainda na primeira fase.

O retrospecto é amplamente favorável aos EUA, mas o time brasileiro recuperou a confiança após a épica classificação contra a Rússia nas quartas de final, por 3 sets a 2 e salvando seis match points. Na semifinal, hoje, o Brasil não tomou conhecimento do Japão e venceu por 3 sets a 0, com facilidade.

"Agora queremos a medalha de ouro. Vamos enfrentar os EUA e podemos ter uma boa atuação", disse Zé Roberto ao site da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). "Na primeira fase sofremos muito com os ataques dos EUA. Nós temos que defender contra as americanas como defendemos hoje [ontem, contra as japonesas]", afirmou o técnico, que pode conquistar seu terceiro ouro -ele comandou o time masculino em Barcelona-1992 e o feminino em Pequim-2008.

Para a levantadora Dani Lins, é hora de esquecer a sucessão de insucessos contra os EUA. "Nós vamos dar 150% na final contra as americanas. Nosso time está muito unido depois de tudo que passamos. Nós queremos terminar essa campanha com a medalha de ouro."