Pierin: Produtores devem fortalecer entidades de classe para o agronegócio avançar
Se o agronegócio é, hoje, reconhecido no país, isto se deve ao “trabalho incansável” da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), das federações estaduais e dos sindicatos rurais.
A opinião é do presidente do Sindicato Rural de Paranavaí e um dos vice-presidentes da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ivo Pierin Júnior, ao defender o fortalecimento das entidades que representam o produtor rural.
“Eu me aproximei do movimento sindical antes mesmo de ocupar qualquer cargo ao perceber que as nossas reivindicações eram levadas diretamente às autoridades através da CNA e a Federação”, completou.
As declarações foram feitas em razão da contribuição sindical, que para os produtores rurais vence no dia 22, terça-feira da próxima semana.
Com a nova legislação trabalhista, a contribuição sindical deixou de ser compulsória. “Independentemente de ser ou não compulsória, os produtores rurais devem recolher a contribuição sindical para fortalecer as entidades da classe”, avalia ele.
O presidente do Sindicato Rural lembra do tempo em que muitas decisões governamentais, que impactava a atividades no campo, “eram tomadas por quem não conhecia o assunto e nós sequer éramos ouvidos. Hoje nossa federação e a confederação têm um corpo técnico preparadíssimo para atender os produtores, que acompanham e intervém em ações do governo, e no Legislativo. Os representantes do agronegócio têm assento em diversos órgãos consultivos do governo”.
Pierin diz que o sistema rural hoje está muito organizado, atento e atuando na defesa dos produtores.
“O sistema está pronto para intervir favorável ou contrariamente a ações que impactam a vida do produtor rural. Por vezes são tomadas medidas ou deflagrada ações políticas por instituições que desconhecem a realidade do campo, apenas com base no clamor popular. Se queremos continuar avançando, temos também que continuar fortalecendo nossa representatividade”.
O PAPEL DA CNA – Para Pierin, graças às ações do CNA ao longo dos anos, o setor cresceu e hoje é o carro-chefe da economia do país.
“Várias leis foram corrigidas e outras criadas para atender nosso setor. Tivemos muitas conquistas, uma delas foi a Lei Kandir, que estimulou as exportações, com a isenção de tributos para estas operações e consequentemente possibilitou o crescimento e a consolidação do agronegócio”, enfatizou o vice-presidente da FAEP.
O Sistema CNA é composto por três entidades: a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representa os produtores rurais de pequeno, médio e grande portes; o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) que atua como um instrumento para formação profissional, promoção social e qualidade de vida de homens e mulheres do campo; e o Instituto CNA que desenvolve estudos e pesquisas na área social e no agronegócio.
O Sistema CNA reúne as Federações da Agricultura e Pecuária nos estados e os Sindicatos Rurais, que desenvolvem ações diretas de apoio ao produtor rural.
E a CNA defende os interesses dos produtores junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e aos tribunais superiores do poder Judiciário, nos quais dificilmente um produtor, sozinho, conseguiria obter respostas para as suas demandas.